Da Soul é o estudante da Escola de Música do Monte Abraão (Portugal), que conhecemos em 2018 e que resolveu estudar música para melhor compreender e desenvolver as suas composições.
Passado cinco anos Miguel Pereira, nome de registo de Da Soul, já tem no seu portefólio dois álbuns originais, Regeneração de 2028 e Liberdade de Expressão de 2021, e vários singles que passam pelo Jazz, Blue Soul e uma sonoridade muito próxima ao Semba mas sem voz.
Apesar de ter nascido já em Portugal, tendo crescido em Mem-Martins, na Linha de Sintra, o artista considera-se angolano. As suas origem vêm da Canata, um bairro localizado no Lobito, província de Benguela.
A música de Da Soul assenta numa vertente “filosófica, espiritual e religiosa” e os seus últimos trabalhos têm todos uma vibe de música ao vivo, que começou com solos de guitarra. Nos últimos meses, o artista faz-se acompanhar de uma banda, formada por Jery Bidan na Guitarra Ritmo, Joseph Miller no Baixo, Mauro nas congas e Lucas Mekelberg.

Estivemos à conversa com Da Soul para percebemos na primeira pessoa como anda esta nova aventura de tocar ao vivo e com a banda.
O artista elogiou os artistas portugueses de Jazz – sendo que admite não ter grande conhecimento sobre os artistas PALOP – e indicou que o seu trabalho já é chamado de “jazz fusão”, não sendo considerado pelos entendidos com um “jazz nu e cru” ou clássico.
Da Soul também contou como surgiu a ideia de montar a banda que nasceu na necessidade de evoluir. Antes, nas suas apresentações, colocava uma faixa de fundo e completava com o solo de guitarra.
A ideia surge na apresentação do seu último álbum de originais, Liberdade de Expressão, que aconteceu no centro comercial Almada Fórum (arredores de Lisboa), quando levou Jery Bidan para fazer a guitarra rítmica e André Cabrita no baixo. Teve uma grande feedback do público e percebeu que estava na hora de evoluir e aumentar o projecto Da Soul com novos elementos.
O artista também prometeu novidades musicais mais para o final do ano e deixou o convite para irmos todos vê-lo a si e à banda, numa das diferentes salas onde se tem apresentado em Portugal.
Equipa BANTUMEN
A BANTUMEN é uma plataforma online em português, com conteúdos próprios, que procura refletir a atualidade da cultura negra da Lusofonia, com enfoque nos PALOP e na sua diáspora. O projecto editorial espelha a diversidade de visões e sensibilidades das populações afrodescendentes falantes do português, dando voz, criando visibilidade e representatividade.