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Depois de um Coliseu cheio, tudo é possível para Deejay Telio

Concerto Deejay Telio / Foto: Fábio teixeira / BANTUMEN
Concerto Deejay Telio / Foto: Fábio teixeira / BANTUMEN

A festa começou! Não havia outra forma de começar este artigo. Há uma música do estilo afrohouse dos SawaBoyz, com o Dj Carlos Monsta, cujo título e refrão são “Olha a quinta a se fazer de sexta“, foi isso mesmo que aconteceu ontem, 5, no Coliseu dos Recreios, no concerto de Deejay Telio.

Eu olhei pra cima e gritei aleluia

Depois de tantos shots fiquei mais armado

Vou-me despedir do corpo até domingo

Mas ainda é sexta-feira, e eu vou ficar

“Maluco”, Karetus

O verso que leste acima é o que se fazia ouvir das colunas e da mesa de DJ Xandy, DJ oficial da S.A.F (Somos A Família), que tinha começado desde o início a fazer o público dançar. Seguiu-se Hélder Tavares – locutor da Rádio Cidade FM -, o host. Em contagem descrescente, os fãs gritavam por Telio que só apareceu depois da sua história de vida ter sido narrada pela voz de Janeth Tavares, alinhadas com fotos no ecrã no palco.

Concerto Deejay Telio / Foto: Fábio teixeira / BANTUMEN
Concerto Deejay Telio / Foto: Fábio Teixeira / BANTUMEN

Ouvia-se o “choro” da guitarra, sentia-se cada acorde e cada melodia, não havia melhorar maneira de entrar em cena. Deejay Telio já tinha avisado que neste concerto nada seria igual, muitas surpresas iriam acontecer. Dito e feito, já se faziam sentir. Telio entrou e começou por chamar o “mais novo”, o “mais velho” e todos quantos quisessem fazer parte da festa.

O desejo era que todos estivessem unidos e com “espírito positivo”, como pediu. Admitiu estar nervoso e a tremer, mas feliz por estar a fazer algo que outrora pensou ser impossível.

“Chora Agora”, “Deixa Elas Invejar” foram os primeiros temas em que o público foi mostrando a força e a vontade que tinha para lá estar. Mas foi com o tema “Rata” que Telio levou os fãs ao rubro e a pedir por mais. Nesse tema, Telio apenas cantou o refrão.

Telefones no ar e todos estavam prontos para filmar o que se estava a passar. Foi com “Filma” que Deedz B entrou em cena, com a sua voz grossa que fazia contraste com o instrumental.

Concerto Deejay Telio/ Foto: Olson Ferreira / BANTUMEN
Concerto Deejay Telio/ Foto: Olson Ferreira / BANTUMEN

As mãos balançavam de um lado para o outro, primeiro esquerda e depois direita, de forma sincronizada. Ainda não tinham passado 20 minutos desde que tinha começado o espectáculo, e desde então que ninguém parava. Dos mais velho ao mais novo, os corpos moviam-se ao tempo dos BPMs, das cordas da guitarra, do bater da bateria e as teclas do piano. Sim, no palco estava uma banda, uma das melhores apostas para o show feitas por Telio e a sua equipa.

As pernas já começavam a ficar cansadas e as vozes a falhar, mas ai de alguém que ousasse parar numa festa onde o movimento e o canto eram necessários. Então o “Meu Ego” começou a sair pelas colunas e os corpos voltaram a vibrar. Seguiu-se “Happy Day” e “Topo da Luxúria” que faz parte do novo álbum, D’Ouro. A proximidade que Telio teve com o público, em cada tema, fez-se notar. Afinal, todos, juntos, são a família.

Concerto Deejay Telio / Foto: Fábio teixeira / BANTUMEN
Concerto Deejay Telio / Foto: Fábio Teixeira / BANTUMEN

“Molexado” faz parte da sua história e foi isso que significou quando Telio começou a canta-la. “Tirem o pé do chão”, pediu, e as pessoas fizeram assim o seu desejo concretizar-se. Os pés subiram mais alto quando se ouvia a entrar o instrumental de “Cabron” com Rafa G. O Vale da Amoreira estava em peso no palco.

O grito das mulheres ecoavam quando David Carreira juntou-se ao músico da SAF para cantar “O Problema É Que Ela É Linda”? juntamente com o comparsa dos dois, Mc Zuka. Chegou a vez de nos despedirmos todos do ano velho e celebrar o ano novo, com Jimmy P. Na imaginação de todos ficou o que Jimmy P terá segredado ao ouvido de Telio e que o fez sorrir.

Concerto Deejay Telio/ Foto: Olson Ferreira / BANTUMEN
Concerto Deejay Telio/ Foto: Olson Ferreira / BANTUMEN

“Estou bonito ou não?” Perguntou Telio com um sorriso de orelha a orelha, antes de ouvirmos “Esfrega Esfrega” que tirou o pôs o público fora de série.

Era tempo de uma pausa, tanto para o artista como para o público, depois de meia hora incansáveis. Quando se pensava que o tempo de descanso era mais que necessário, de repente deu-se a entrada em palco de dois grupos de dança, entre o hip e hop e Afro beat. Não, não era um concurso de talentos mas tinha tudo para que assim fosse.

Tempo de voltar ao palco. E o cantor voltou da melhor maneira a dizer que hoje “Não Atendo”. “Tudo Nosso” tema dos Supa Squad com o Telio ia começar quando o próprio avistou no público o seu melhor amigo, Leno, que deu mais input para dar início à música, onde, uma vez mais, a energia foi contagiante.

Concerto Deejay Telio / Foto: Fábio teixeira / BANTUMEN
Concerto Deejay Telio / Foto: Fábio Teixeira / BANTUMEN

Para contrariar toda a gente, o concerto estava perto de acabar. “Essa merda é que é boa” gritava o público incansável. Até Telio voltar ao palco com a mãe a cantar “Um Lugar Melhor”, com lágrimas nos olhos e todos os sentimentos que nessa música envolve. “Telio, Telio” ouvia-se mais alto que a música, o público fez questão que assim fosse. Se Telio ainda não sabia qual seria o seu melhor lugar, com certeza que ali era onde ele queria estar.

“Com Licença” com Bispo veio pedir ao invejosos que saíssem da toca e fugissem para outro lado, porque ambos estavam “firmeza, firmeza”. “E aos invejosos o que é que se diz? Com licença” bem alto. “Timidez” era tudo que o Deejay não queria que existisse, ao cantar esse tema soltou a vergonha que tinha em si, sentado numa cadeira enquanto uma das bailarinas dançava com e para ele. Mas quem disse que tinha de acabar a festa? Ainda houve tempo para cantarem o “After Party” com todos os convidados em palco e a família SAF.

Deejay Telio chegou, cantou e venceu. Com casa praticamente cheia, fez história do Vale da Amoreira ao Coliseu. Depois deste concerto, tudo é possível e ninguém se vai esquecer do nome Deejay Telio.

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