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Deusa do Pâniko saiu do kuduro para vingar na kizomba

Elizandra Francisco, que no mundo da música é Deusa do Pâniko, é uma cantora angolana que mistura a sensualidade com o seu espírito empoderador. Nascida em 1998, Deusa carrega em si a determinação e criatividade própria dos millennials.

Criada pela mãe, a sua infância foi vivida no bairro Prenda, na capital angolana, onde começou a dar os primeiros passos no mundo da arte, até se mudar para a casa dos padrinhos, no Kinaxixi, ainda em Luanda.

Foi através do seu tio, proprietário da produtora Qu4tro Entretenimento, que Deusa acabou por entrar no meio artística. O tio foi o primeiro a notar e reconhecer o talento que a jovem carregava e acabou por se tornar no seu mentor artístico.

Com o passar do tempo, Deusa decidiu então “sair do armário” de vez e mostrar o seu talento, acabando por criar o grupo “As Deusas”, um coletivo de dança com as suas amigas do bairro Kinaxixi.

Tempos mais tarde, a cantora acabou por começar a trabalhar cada vez mais com o tio e este convidou-a para fazer parte da label Qu4tro Entretenimento, como a única voz feminina a fazer kuduro.

Apesar de sentir mais afinidade com a kizomba e o zouk, a sua atitude, flow e skills falaram mais alto e a jovem acabou por ceder ao estilo, mas nunca descartou a possibilidade de um dia cantar nas vibes com que mais se identifica.

Em 2012, participou no kuduro “Tunda Tunda”, de Dj René Bombástico; “Sujeira” com Tchoboli “Mr Papel”; no projeto “Niggas em Angola” com Taliban e Kiki Versace e no remix do hit “Arrasta o Pato”, de Limas do Swagg.

Depois de várias peripécias e uma pausa, a artista acabou por se focar nos estudos e trabalhar em moda e fotografia.

Entretanto, em 2019, o seu caminho cruzou-se com o de uma nova produtora, a Wave Estúdios. Depois de obter o apoio do tio e restante família, a artista integrou assim a nova label. Desde então, já gravou “Cheguei” e “Ninguém me Ganha”, que obteram um feedback positivo no mercado angolano.

Agora, Deusa decidiu aventurar-se em gravar a música “Tá Doer”, um ghetto zouk que conta a dor de uma mulher que tenta recuperar a infidelidade do marido.

O vídeo retrata os bons e maus momentos vividos dentro da relação e de, forma intensa, a cantora contracena com o modelo e apresentador Márcio Stélvio.

A música foi escrita por Deusa do Pâniko e recebeu a produção de DJ Paulo Dias. O videoclipe foi feito pela Xipango Films, com produção de Wave Estúdio.

Apesar de estar agora mais ligada ao estilo com que mais se identifica, Deusa do Pâniko explica “o artista tem a responsabilidade de trazer ao mundo a arte que emana dele da forma que melhor ele sabe”. Então, fazer outro estilo “não é uma necessidade, é um dever profissional, e nem é uma imigração é exploração. É um desejo indomável de querer partilhar o nosso talento com a audiência”.

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