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Agradece, Drey MSTM chegou à tua playlist

Drey Mstm
DR

Drey Mstm é mais um nome do rap a descobrir aqui na BANTUMEN e que, com certeza, vais querer acrescentar à tua playlist. É filho do boom bap e da rima que te faz pausar no tempo e embrenhar nos pensamentos. Com elementos do jazz e do soul, a música de Drey não é apenas reflexiva, cabe em qualquer ambiente, de banda sonora de uma longa viagem a um tchilo com os amigos.

Natural da Huíla, aos 14 anos, Drey começou a atirar as primeiras rimas que serviam de mostra do que fazia entre a solitude das quatro paredes do seu quarto.

Entretanto, aliou-se à MSTM, de quem já seguia os passos há algum. “Na época já era amigo e colega de faculdade de alguns membros (Nkuna) e super fã do grupo. Com o tempo nos “enturmámos” e praticamente já fazia parte da crew. Felizmente eles gostaram o que eu cantava. Em novembro de 2017 oficializamos a minha entrada”, explicou o rapper.

Quando me ouvires, é porque mereci estar nos teus ouvidos

Drey MSTM

Sem qualquer cliché, a originalidade é o seu adoço principal, numa altura em que “estamos numa luta constante entre o real, puro e intemporal com o imediato”.

Atualmente, seguir o rasto do boom bap é uma escolha difícil. Não é o tipo de beat que arrasta as massas, por isso, “almejar ser ouvido com o que faço versus o que é atualmente ouvido, tem sido um dos grandes desafios”. Mesmo assim, consciente do lugar que a música ocupa na sua vida, e potencialmente na dos seus ouvintes, Drey cria sem condicionamentos. Fá-lo porque nasceu para fazer dos seus pensamentos arte cantada na pauta do hip hop, independentemente do ritmo. Se o feeling lhe ditar que tem de o fazer em cima de boom bap ou de outro estilo qualquer, assim será. E se por acaso o chegares a ouvir, não foi sorte. “A minha música, a minha mensagem, não sei e não importa quantos estão na mesma luta ou se temos todos o mesmo sonho mas, quando me ouvires, é porque mereci estar nos teus ouvidos”, assevera-nos numa entrevista concedida no fim de junho.

Tem uma vibe e flow muito próprios. Tanto faz um som quase lo-fi, com uma cadência de versos compassada – como em “Prévia Katumua” ou “Namussanga” – como também o ouvimos disparar rajadas de 16 barras – como em “Bofas” (2021), com Boy Flá. Questionado sobre onde vai beber influência, há uma referência em especial. “Sou filho dos Kalibrados, do álbum Negócio Fechado“. Mas há também outros nomes importantes para si: “Com tempo, conheci a Força Suprema, apaixonei-me pela música deles, Jimmy P, Valete, Sam The KID, Azagaia, Gabriel O Pensador, Reptile, Abdiel, Djonga, Bk’ e Gson. Faço uma especial menção honrosa para Marcelo D2, Racionais e Boss AC.”

Na música de Drey, a mensagem – peça central do rap original – tem o papel de ser reflexo directo daquilo que é o artista, dos seus medos, incertezas, contradições e da sua peculiar forma de ver o mundo. “Se toda as vezes que me ouvires, mais do ouvires, sentires, para mim a mensagem chegou com sucesso ao destinatário”, sublinha.

E não é apenas uma questão de audição, “quero ser sentido. Que a minha música salve vidas. É desse jeito que espero destacar-me na Lusofonia”.

Acalma a curiosidade de conhecer a arte de Drey MSTM fazendo play abaixo. Aí, tens o seu primeiro EP, DREY, um projeto com uma base lo-fi, com cinco faixas e as colaborações dos irmãos da crew, Nkuna, Negro Clássico e Vicente França.

Relembramos-te que podes ouvir os nossos podcasts através da Apple Podcasts e Spotify e as entrevistas vídeo estão disponíveis no nosso canal de YouTube.

Para sugerir correções ou assuntos que gostarias de ler, ver ou ouvir na BANTUMEN, envia-nos um email para [email protected].

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