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Dynamo comprova a força da música cabo-verdiana em Portugal

Dynamo
Concerto de Dynamo no coliseu de Lisboa | 📷: Ben Do Rosário

Foi no dia 8 de outubro que Dynamo fez história no Coliseu dos Recreios. A casa, que tem sido uma das mais escolhidas para se contarem as histórias de amor, e não só, da música afrodescendente lusófona – desde Anna Joyce a Phillip Monteiro -, foi invadida por um turbilhão de emoções com lotação esgotada.

São dez anos a serem celebrados, dez anos de músicas que marcaram relacionamentos e vidas. Chegados ao recinto, já se sentia a agitação de todos os que ansiosamente aguardavam para assistir ao vencedor da “Música Popular do Ano”, da Gala Cabo Verde Music Awards 2022.

Breyth foi o responsável por abrir as honras da casa. Entretanto, acendiam-se as lanternas e aproximava-se uma figura masculina. Os fãs, ansiosos, gritavam pelo nome do artista, porém, acabámos surpreendidos pelos comediantes Artolash e Benji Comedy. Juntos, fizeram uma brincadeira entre sampadjudos e badius para perceber qual a etnia presente em maior número na casa. Entre piadas e risos, gozaram ainda com as pessoas que compunham o espaço VIP, alegando que aquelas seriam as Very Important Pobre.

Assim, começámos a viagem: num mix entre o passado e o presente, o público divertia-se. O Teatro foi levado para o palco para que assim se desse início ao concerto. Foi então que se fez ouvir o rei da noite ao som de “Only One”. O público, delirante, acompanhou cada segundo do tema.

Seguimos para um medley entre “Poderosa”, Encaixa”, “Tequila” e “Aperta”. O tema que trouxe de volta as lanternas foi “Enquanto N’Respira”. Divididos entre a voz do povo e a do artista, o que importava naquele momento era a magia que se fazia sentir no Coliseu.

Recuámos para a década de 2010, na presença de Mika Mendes, que conduziu o público à loucura. “Mágico” foi entoado por gargantas eufóricas. Porém, foi no “Nha Princesa”, cantado acapela, que o público correspondeu com maior afinidade. Com os corações já derretidos, Dynamo regressou ao palco para cantar “Setembro”.

Aterrámos novamente no presente. “Chocolate”, que ainda nem um mês celebrou, foi cantada por cada pessoa presente naquele recinto.

Dynamo voltou atrás no tempo, ainda na companhia de Grace Évora, para reviver os clássicos “Bia” e “Lolita”, que fazem parte da memória de muitos e que foram apresentadas às gerações mais novas.

Seguiu-se “OGOP”, com a qual a estrutura do Coliseu tremeu de tanta dança, pulos e animação. Para manter o nível de delírio, o show continuou com Ricky Man e o tema “Nu Bai”. Entre a plateia, havia um visual homogéneo: o calor vertia pela pele abaixo, sorrisos largos no rosto e balanços corporais ao som da música que ecoava das colunas.

Quem também não deixou a energia adormecer foi Josslyn, com a música “High”.

Quando Dynamo voltou a aparecer em cena, com “Fica”, regressámos à melancolia, mas não uma melancolia qualquer. Levantaram-se os telemóveis novamente, com o flash ligado, e a voz do público fez-se ouvir. Num medley que juntou”Fica”, “Bu é Livre” e “Princesa”, foi um momento de união e introspeção que levou às lágrimas de muitos fãs.

O protagonista da noite parou a atuação para fazer um breve agradecimento a todos os que o acompanham desde o início, pela presença no espetáculo e aos dez convidados que confirmou terem sido cruciais para o seu crescimento e posicionamento na música.

As luzes voltaram a erguer-se e, finalmente, fizeram-se sentir as sonoridades da música “Primeiro Lugar” que, como é habitual, levou o público à loucura.

Num momento arrepiante, entre um bater de palmas e pés incessante, gritava-se pelo nome de Dynamo. Nesse mix de emoções, entrou Loony Johnson para cantar “Homi Grandi”, seguiu-se MC Acondize, que com “É Pa Pila” mandou a casa abaixo.

Para manter o registo, William Araújo e Elji Beatzkilla cantaram “Grog”. Seguindo-se o clássico “Suleban”, que contou com a presença de Djodje; “Ka Ta Consegui” e seguimos com “Mad Love”.

Depois de muito “melaço”, voltámos ao afrohouse com o tema “Ka Hoje”. Já na reta final, Dynamo mais uma vez agradeceu a todos e Fechou com “Primavera”, que comprovou o porquê da sua popularidade.

Num concerto de aproximadamente duas horas, Dynamo escreveu a história dos dez anos da sua carreira, referenciando o Coliseu de Lisboa como casa dos artistas cabo-verdianos, com lotação quase sempre esgotada.

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