A morte do afro-americano George Floyd, à vista de todos, tomou de assalto as plataformas digitais, nos EUA e no resto do mundo, despertando a consciência da maioria para a problemática do racismo que continua a matar e a discriminar.
Em decorrência desse acontecimento, inúmeros protestos surgiram em diversos países para clamar que a “a vida dos negros importam”.
Os angolanos não ficaram de parte desta onda de protestos, participando de forma online através da partilha de conteúdos que levam à reflexão sobre o racismo sistémico nos EUA e que culminou na morte de mais um negro às “mãos” da polícia.
Numa breve declaração à BANTUMEN, Euclides da Lomba, o director nacional da Cultura angolana, disse que o racismo é uma “maneira baixa de interpretação, onde há pessoas que se acham estar num nível de superioridade”.
“O mundo é melhor quando a interacção com outras pessoas é permitida, independente da sua origem”, explica-nos, sublinhando a revolta geral que a morte de George Floyd provocou. “É apenas um sinal da exaustão que os cidadãos, que não conseguem beneficiar dos mesmos direitos e obrigações que outros, têm sentido.”
Apesar da importância que estas manifestações têm, e poderão vir a ter como catalizadoras de mudanças a nível social e governamental, Da Lomba relembra que o mundo ainda está a passar por uma pandemia. O diretor da pasta da Cultura angolana indicou também que é preciso verificar a discriminação social e étnica existente no continente africano, que é uma problemática social relevante.
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