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“Enquanto tiver vida e viver a ousadia, considero-me deus”, Edy Lobo

Edy Lobo é o pseudónimo de Edson Nuno. Nasceu nos anos oitenta do século passado, em Luanda. É licenciado em Língua e Literatura Inglesa e encontra-se a fazer o mestrado em Linguística Aplicada ao Ensino da Língua Inglesa como Língua Estrangeira, em Portugal. Figura multifacetada, o professor de profissão é autor de duas obras literárias. 

O jovem prosador e poeta desenvolveu o gosto pela literatura desde muito cedo. Porém, só há cinco anos, por influência de alguns escritores do Movimento Litteragris, começou seriamente a dedicar-se à arte de escrever e publicar textos literários. 

Em novembro de 2018, na Mediateca de Luanda, lançou o seu primeiro livro intitulado Diário de um Professor (a)normal, onde narra os seus 13 anos de comprometimento com a docência. Agora, em 2020, publicou em Portugal a obra literária O Esposo da minha Mulher

Em entrevista, tivemos a oportunidade de saber mais sobre o seu percurso artístico.

O que te inspira e leva a escrever?

A vida. Enquanto tiver vida e viver a ousadia de derramar sobre o “chão papel”, como diz o prosador Ernesto Daniel, com a caneta empunhada, considero-me deus. 

Quais são as tuas referências no universo literário angolano?

Tenho pretensões de ser um grande prosador. Gosto muito da pena e da criatividade de José Eduardo Agualusa e de Pepetela. Como um “confuso poeta”, gosto da liberdade de Hélder Simbad, Marquita 50 e Pedro Mayamona.

Que mensagens pretendes transmitir com a arte que fazes?

Quando comecei a escrever pensei assim: “Se não me ouvem quando falo pelo menos quando escrever vão-me ouvir (ler)”. Gosto de transmitir a liberdade e a paz de espírito por meio de emoções alternadas. 

Fala-nos sobre o livro O Esposo da minha Mulher.

A obra mais ousada até agora. Tal como foi-me dito pela editora portuguesa responsável pela edição da mesma: “Só um louco ousado decide chamar de mulher à esposa de outro homem”. É uma obra que colocará entre a espada e a parede os homens de masculinidade tóxica e poderá fazer com que a mulher conheça o poder que tem numa relação. 

Com este livro, que mensagens pretendes transmitir aos teus leitores?

Que tanto o homem como a mulher têm gostos e prazeres voluptuosos e que a mentira só pode ser dita por quem tem memória em condições. 

Para quando o evento de lançamento desse livro em Angola?

Para quando as condições atuais melhorarem, caso contrário, terei de me reinventar de modo a não criar uma fonte de transmissão comunitária agressiva.

Sei que já tens outros livros no prelo. Fala-nos sobre isso.

No próximo ano, farei a minha estreia como poeta. Será o meu primeiro poemário e quiçá o último. Precisava de lançar esta obra para honrar determinadas pessoas que acreditaram em mim nesta vertente literária.

Que sonho pretendes realizar na literatura?

Quando escrevo gosto de ser lido. Alcançar um maior número de leitores de diferentes nacionalidades e culturas é um sonho que auguro.

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