Élida Almeida, cantora cabo-verdiana, foi distinguida em Paris com o prémio internacional “Découvertes RFI” [Revelação Rádio Francesa Internacional], que distingue sobretudo artistas francófonos.
A distinção é assinalada com a “abertura deste prémio” além francofonia, disse a presidente do júri Oumou Sangaré.
Natural da ilha de Santiago, Elida Almeida, tem 22 anos, canta em crioulo e recorre frequentemente para as suas composições aos ritmos tradicionais cabo-verdianos como o batuque, a morna ou o funaná.
O seu primeiro disco “Ora Doci Ora Margos” (Ora doce, ora amargo) tem a chancela da Lusafrica, editora de Joe da Silva, que lançou Cesária Évora.
De acordo com o júri, Elida Almeida faz parte de uma nova geração de artistas cabo-verdianos que conseguem “atravessar fronteiras e conquistar o mundo, tendo sido distinguida pelo seu profissionalismo e presença em palco”.
“Ela emana muita energia em palco, é qualquer coisa de muito forte”, considerou Blick Bassi, outro elemento do júri, considerando que esta é uma importante caraterística para construir uma carreira a longo prazo.

A artista cabo-verdiana, que estava nomeada com as músicas “Nta konsigui” e “Lebam ku bo”, conquistou o prémio a que concorriam outros 13 artistas africanos: Asden e Liz (Congo), Banlieuzart (Guiné-Conacri), Darline Desca (Haiti), Dioba (Mauritânia), Elinam (Togo), Joey le Soldat e Kantala (Burkina Faso), Mao Sidibé (Senegal), Mélodji (Chade), Mija (Madagáscar), Sanzy Viani (Camarões) e Woodsound (Benin).
Como vencedora, Elida Almeida vai ganhar 10 mil euros, e viagens em África e para França, para promoção do seu trabalho.
O artista cabo-verdiano, Tcheka, foi o vencedor deste prémio em 2005.
Fonte: Lusa
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