Hoje em dia, as normas a que estamos habituados têm vindo a ser desafiadas e algumas delas até quebradas.
É o caso das “normas” de género e de sexualidade socialmente e tradicionalmente definidas que mais e mais pessoas têm questionado, de acordo com aquilo a que se identificam. Por vezes, a questão passa mesmo pela necessidade de reforçar ou atribuir um sexo especifico à nascença.
Estas dúvidas todas vêm a reforçar a ideia de que o género é um espectro, um assunto muito mais complexo que precisa ser mais explorado, de forma a atingir igualdade entre géneros e orientação sexual.
Por mais complexo que estes temas possam ser, Alexa Santos, blogger, licenciada em questōes de género e sexualidade e teoria queer, explica detalhadamente, tudo o precisamos saber sobre esta matéria no podcast desta semana.
Alexa, que já foi capa do Público, tem um site chamado Queeringstyle, onde ela explora o feminismo mas também diferentes alternativas e dicas para as mulheres queer de Portugal.
Durante o podcast, Alexa admite que chegou ao feminismo tarde e que as instituiçōes por onde andou, antes de atingir os 25 anos de idade, não mencionavam muito menos incentivavam o feminismo. “Eu tirei uma formação de serviço social na universidade Católica, onde nunca me falaram de feminismo. Mais facilmente tinha padres a darem-me aulas, do que propriamente feministas iam para a ‘luta’.”
O feminismo entrou na vida da blogger através do curso de género, sexualidade e teoria queer feito em Leeds, Reino Unido. Mas foi no desenvolvimento de uma tese sobre assistentes sociais que trabalham com jovens lésbicas, gays, bisexuais, trans e queer, em Portugal, que se conseguiu relacionar mais com a teoria feminista, que até então ainda era um assunto incerto.
Apesar de ser um elemento importante na vida de Alexa, o feminismo não é a sua única batalha. Em conversa com Eddie e Melissa, dois dos nossos jornalistas, também diz que colorismo é uma luta que ainda trava, principalmente com pessoas negras.
