Exposição Caleidoscópio inaugura no Porto a 20 de novembro

A exposição colaborativa Caleidoscópio, apresentada em Lisboa, no início do mês, segue agora para o Porto. A inauguração acontece no dia 20 de novembro, a a partir das 18h30, nos espaços do Parque Tecnológico da Universidade do Porto (UPTEC).

A exposição coletiva, com curadoria da Afrikanizm Art & Ivanova Araújo (BANTUMEN), e acontece no âmbito do Mês da Identidade Africana (MIA), tem como objetivo destacar a diversidade cultural e a riqueza das identidades afrodescendentes em Portugal. A mostra reúne o trabalho de diversos artistas visuais, entre eles Paulo Formiga, Resem Verkron, Andreia Costa e Celestino Bastos, que exploram, através das suas obras, temas como a identidade e a tradição.

Parte desta exposição inclui a coleção “Preto no Branco”, uma reflexão sobre identidade e resistência, expressa nas obras de Paulo Formiga e Resem Verkron. Esta coleção, através de desenhos e fotografias em preto e branco, explora a relação entre luz e sombra como metáfora visual e emocional, abordando temas de infância, negritude e renascimento. As peças de Formiga evocam uma nostalgia universal ao capturar expressões infantis em traços detalhados, enquanto Verkron apresenta um olhar artístico que confronta a complexidade da negritude e o seu renascimento espiritual. Já o trabalho de Andreia Costa, explora a complexidade emocional das mulheres africanas e a sua ligação às raízes culturais, utilizando cores vibrantes e técnicas como acrílico, aquarela e pintura digital para criar uma ponte entre o passado e o presente. O fotógrafo Celestino Bastos completa esta exposição com a coleção "Fragmentos e Alguns Tons de Angola", com imagens que captam fragmentos e memórias da ancestralidade angolana.

Patente até ao dia 7 de dezembro (visitas sob reserva para o email xpo@uptec.up.pt), a exposição “Caleidoscópio” propõe-se a fragmentar e multiplicar as perspetivas individuais, compondo um mosaico artístico e cultural onde cada peça representa uma identidade única. Ao reunir estas variadas vozes e estilos, a mostra reflete a multiplicidade que define a cultura afrodescendente, promovendo o diálogo e a compreensão das vivências que se entrelaçam no contexto português contemporâneo.

A edição de 2024 do MIA conta com o apoio do Avenidas - Um Teatro Em Cada Bairro, Afrikanizm Art, Natixis, UPTEC e Câmara Municipal de Lisboa.