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No dia 14 de setembro, coletivos antirracistas, ativistas e cidadãos irão se reunir em Lisboa para participar da Marcha Solidária "Justiça para Cláudia Simões e Todas as Vítimas da Violência Policial". A manifestação, que terá início às 16h no Estabelecimento Prisional de Lisboa e terminará no Martim Moniz, tem como objetivo denunciar a violência policial e a injustiça enfrentada por pessoas racializadas, imigrantes e pobres em Portugal, e exigir a revogação da sentença de Cláudia Simões, brutalmente violentada pela polícia em 2020.
A carta aberta, subscrita por mais de 30 coletivos, e que a BANTUMEN apoia, enfatiza a necessidade urgente de justiça e de mudanças no sistema. “Apelamos a todas as pessoas, coletivos e demais forças da sociedade portuguesa e comunidade internacional que se juntem a nós na exigência de revogação da sentença e de reparação da violência infligida pela polícia e pelo sistema judicial a Cláudia Simões”, lê-se no documento. “Neste momento, em que ela se prepara para recorrer da decisão, a solidariedade de todos é indispensável.”
Cláudia Simões, fotografia ©Eglė Duleckytė
A marcha representa não apenas uma demanda por justiça para Cláudia Simões, mas um grito coletivo contra um sistema que frequentemente ignora as vozes das vítimas da violência racial e policial. A mobilização procura reafirmar o compromisso com a luta antirracista em Portugal e a necessidade de um futuro mais justo e igualitário para todas as pessoas.
De recordar que, o julgamento deste caso teve início em março de 2020. Em novembro do mesmo ano, Cláudia Simões foi condenada a um ano e três meses de prisão, com pena suspensa, pelos crimes de “resistência e coação sobre funcionário” e “injúrias agravadas”. O agente Carlos Canhas foi absolvido das acusações de ofensa à integridade física qualificada. Seguiu-se um recurso, e após mais dois anos, a 1 de julho de 2024, Cláudia Simões foi novamente condenada a uma pena suspensa de oito meses de prisão por “ofensa à integridade física qualificada”, relacionada com o facto de ter mordido a mão do polícia enquanto este a imobilizava. O agente Carlos Canhas foi condenado a três anos de prisão, com pena suspensa, pelas agressões e sequestro de Quintino Gomes e Ricardo Botelho, que haviam sido levados para a esquadra, mas foi novamente absolvido de todas as acusações de agressão a Cláudia Simões, apesar de existirem perícias médicas, gravações e fotografias que documentam os ferimentos sofridos por ela.
A sublinhar que continua ativa a campanha de donativos para que Cláudia Simões possa continuar a financiar este moroso processo na justiça.
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Para sugerir correções ou assuntos que gostarias de ler, ver ou ouvir na BANTUMEN, envia-nos um email para redacao@bantumen.com.
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