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Mais de 15 milhões de trabalhadores deixaram os seus empregos nos Estados Unidos, entre os meses de Abril e Outubro do ano passado.
A situação é dada como a fuga de talentos, que vem intrigando gestores ao redor do mundo todo, a pesquisa “Grande Evasão” desenvolvida pela Mckinsey, em cinco países (Austrália, Canadá, Singapura, Reino Unido e Estados Unidos), 40% dos profissionais contemplados pela pesquisa afirmam ter grandes probabilidades de deixarem os seus empregos nos próximos 3 a 6 meses e esta intenção de abandono do trabalho actual varia entre provável e quase certa.
Para vários países de África, incluindo Moçambique, adoptar hábitos como a substituição do método tradicional para o digital, ainda é um grande desafio, visto que grande maioria das empresas não dispõe de meios tecnológicos para o efeito, sendo esse um dos principais factores que tem levado a extinção de várias empresas é a fuga de talentos.
Cerca de 53% das empresas ouvidas afirmam estar a enfrentar uma rotatividade voluntária dos funcionários maior do que nos anos anteriores, o que pode vir ainda a agravar. Perante esse cenário de crise de talentos na era digital, o dilema sobre a fuga de talentos tornou-se central no Mobile Word Congress. Para Tomek Stoma, director de pessoas e tecnologia na Glovo, startup espanhola de e-commerce, confirma que há uma grande batalha por profissionais: “Sempre vai haver empresas com mais benefícios, um ambiente melhor. Mas nós somos muito claros sobre a nossa cultura e os nossos valores” afirmou o administrador.
É neste contexto que o investimento das empresas em estabelecer uma cultura forte é tida como uma vantagem estratégica na aquisição de talentos. Marc Sanz, head da Google Education, diz que a vantagem competitiva da Google não é tecnologia, mas sim os recursos humanosjá que a big tech trabalha com uma avaliação constante de como os seus funcionários são avaliados e estimulados.
A valorização da cultura traz consigo vários desafios como por exemplo mensurar se alguém tem o mindset necessário ou não. Pensando nisso, a empresa trabalha num esquema de feedback diários com o objectivo que todos os colaboradores se sintam livres para dialogar sobre o seu desempenho, e nessa lógica também são contemplados alguns benefícios como a transparência e flexibilidade. Segundo a pesquisa, existe um universo de empresas pouco flexíveis que estipulam a volta compulsória dos profissionais ao ambiente de trabalho e a de empresas altamente liberais que aderiram completamente ao digital, sem espaços para o encontro presencial.
O administrador de pessoas da startup espanhola diz que existem profissionais que se adaptam melhor a cada um dos formatos e que a verdadeira vantagem desse modelo será entender como eles podem interagir, além de garantir a existência de espaços de colaboração e inovação, seja no físico ou digital.
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