Eliana Rosa revisita suas origens em “Mornabeza”

Depois de se estrear na música em 2024, a atriz e cantora cabo-verdiana Eliana Rosa apresenta o seu mais recente single, "Mornabeza", já disponível em todas as plataformas digitais.

Dona de uma voz calorosa e suave, com uma presença única no palco, Eliana traz uma mistura de estilos que combina a tradição e a modernidade, reafirmando a orgulho a sua identidade africana, sobretudo Cabo verde, energia latina aos ritmos do batuque, funaná, coladera e tabanka.

À BANTUMEN,  a artista revelou que o single nasceu de um momento de saudade e introspeção: "Escrevi ‘Mornabeza’ quando estava cheia de saudades de casa.  Ela soou para mim como algo profundamente pessoal e cheio de alma, uma verdadeira expressão das minhas raízes e emoções”, expressou a artista. 

Em "Mornabeza", a cantora reflete sobre a nostalgia e a melancolia de quem vive longe da sua terra natal. "Estava em Portugal, durante a pandemia, num período de isolamento. Tudo estava fechado, e as saudades de casa deram-me a motivação para escrever, pela primeira vez, uma música que traduzisse a minha ligação à terra e à cultura", explicou. Apesar de explorar vários géneros, é na música tradicional cabo-verdiana que Eliana encontrou o seu verdadeiro potencial vocal.

A música contou com uma equipa de produção ampla, com Eliana na composição, Basil da Cunha como produtor executivo e Daniel Fonseca como diretor musicar e colaborações de Zé Paris (baixo), Nir Paris (percussão), Tó Tavares (violino) e Elton Sousa (mistura e masterização). 

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Apaixonada pela música desde tenra idade, a artista tem demonstrado a sua versatilidade. O seu primeiro single, "Morabeza em Pessoa", trouxe uma fusão de blues com a música tradicional cabo-verdiana, enquanto "Um Sol", lançado em dezembro do ano passado, foi um funaná dedicado ao seu esposo e parceiro criativo, Basil da Cunha. 

Além da música, Eliana também é atriz, tendo participado em Manga d’Terra (2024), de Basil da Cunha, uma obra premiada em festivais como Locarno e Toronto, consolidando-a como uma promessa da música e da cena cinematográfica da lusofonia.

Nascida em Santo Antão e criada na Praia, Eliana cresceu rodeada por melodias e ritmos. Desde cedo, a sua presença habitual nas festas de família, onde encantava com a sua animação. Mais tarde, venceu concursos como "Todo Mundo Canta Regional" e "Todo Mundo Canta Nacional", o que lhe abriu portas para espetáculos e musicais, incluindo Mamma Mia.

Em 2025, Eliana vai atuar no festival no festival AME, em Cabo Verde, convite que a artista recebeu com entusiasmo. "Estar no AME é uma celebração, uma honra e um orgulho. É uma chance de me conectar com as minhas raízes e sentir a energia de um público que valoriza a música. Fico lisonjeada por estar entre artistas incríveis, num encontro de talentos que une culturas. E voltar a casa torna tudo mais especial. Cresci na Praia, sou uma badia de Santo-Antão, e, pela primeira vez, a minha família vai ver-me atuar como cantora”, finalizou a cantora.