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Na última quarta-feira do mês de Janeiro, a BANTUMEN marcou presença na Livraria Snob, para um evento literário que se propunha reunir poetas africanos, para dizer poesia em voz alta e conectar gerações.
Aproveitamos a ocasião para trocar um dedo de conversa com o autor angolano José Luís Mendonça, que também leu poesias, retiradas do seu último poemario “Um Voo de Borboleta no Mecanismo Inerte do Tempo”.
Entre vários assuntos, questionamos o escritor, jornalista e também professor universitário, o que significam para ele os 50 anos de Independência em Angola. Para o escritor, é essencialmente um recomeço, e mais do que festejos, propõe um ato massivo e coletivo, de reflexão e autocrítica. Nas suas palavras, como fez saber: “Não há nada para festejar. Os 50 anos é um recomeço, a independência ainda não foi alcançada, a independência é um processo prolongado em Angola”.
José Luís Mendonça, que se mostrou bastante descontente e preocupado com o rumo da Educação e da Cultura no seu país, atribui grande peso à responsabilidade, àquilo a que chamou “50 anos de mitologias” que no fundo, acabaram por ficcionar uma realidade de país independente e justo. No seu modo de ver, continuamos vítimas mas, desta vez, de nós mesmos, pois capturamos a cultura e o ensino, que são a “base do progresso do país”.
Embora enxergue a independência e a consolidação de meio século como um conjunto de fantasias e ilusões, o escritor acaba por realçar o papel importante das artes, sobretudo da sensibilidade literária, como motor de arranque, que acaba por ter destaque inequívoco no cenário atual.
José Luís Mendonça nasceu em Angola, em Novembro de 1955. É licenciado em Direito pela Universidade Católica de Angola e actualmente vinculado às Edições Novembro, onde exerce o cargo de director e editor-chefe do jornal CULTURA. A sua estreia na literatura foi em 1981, com Chuva Novembrina, obra de poesia vencedora do prémio Sagrada Esperança.
José Luís Mendonça nasceu em 1955, em Golungo Alto, Angola. Jornalista e poeta, escreve para diversos órgãos de comunicação social angolanos e participa em vários festivais internacionais de poesia. O seu nome consta em várias antologias de poesia angolana publicadas no Brasil e em Portugal. É membro da União dos Escritores Angolanos desde 1984. Respirar as Mãos na Pedra recebeu, em 1990, o Prémio Sonangol. Um Voo de Borboleta no Mecanismo Inerte do Tempo foi distinguido, em 2006, com o Prémio Angola 30 Anos, atribuído pelo Ministério da Cultura de Angola. Atualmente, é jornalista na Unicef Angola.
Relembramos-te que podes ouvir os nossos podcasts através da Apple Podcasts e Spotify e as entrevistas vídeo estão disponíveis no nosso canal de YouTube.
Para sugerir correções ou assuntos que gostarias de ler, ver ou ouvir na BANTUMEN, envia-nos um email para redacao@bantumen.com.
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