Manga d'Terra e Latitude Fénix nomeados para os Prémios Sophia 2025

Os filmes Manga d'Terra, de Basil da Cunha, e Latitude Fénix, de Welket Bungué, estão nomeados para os Prémios Sophia 2025, que serão entregues no próximo dia 23 de março de 2025, no Coliseu dos Recreios, em Lisboa. A cerimónia, organizada pela Academia Portuguesa de Cinema, é um dos maiores eventos do cinema nacional e destaca o melhor do panorama cinematográfico português e lusófono.

Latitude Fénix, realizado por Welket Bungué, está nomeado na categoria de Melhor Curta-Metragem de Ficção. O filme marca a estreia de Bungué enquanto realizador e aborda a complexa jornada de dois homens que lidam com o luto de um amigo comum, ao mesmo tempo que procuram dar sentido às suas próprias vidas. A curta-metragem é uma reflexão profunda sobre a identidade e as dificuldades emocionais de indivíduos que vivem à margem, especialmente no contexto da diáspora africana. Com uma narração introspectiva e um olhar sensível sobre a construção de identidade, Latitude Fénix tem sido elogiado pela sua capacidade de capturar a complexidade das relações humanas e pela performance dos seus atores. Latitude Fénix não é apenas um retrato da dor e do luto, mas também uma obra que se destaca pela sua capacidade de provocar uma reflexão sobre a busca por sentido e pertencimento.

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Por sua vez, Manga d'Terra, realizado por Basil da Cunha, está nomeado para a categoria de Melhor Canção Original. A música, interpretada por Eliana Rosa, é uma parte integral da narrativa do filme e transmite as emoções e a luta da protagonista de uma história que segue a jornada de uma jovem cabo-verdiana que imigra para Lisboa em busca de uma vida melhor. Ao longo do filme, Rosa enfrenta vários obstáculos, como a violência policial, o assédio e as dificuldades de adaptação a uma nova realidade. A canção que integra a banda sonora do filme reflete as tensões e os desafios emocionais enfrentados pelos imigrantes e pelas pessoas que vivem nas periferias urbanas. A obra de Basil da Cunha, que já é reconhecido pelo seu olhar atento sobre as periferias lisboetas, utiliza a música e a narrativa de maneira coesa para dar voz às questões sociais vividas pelos moradores do Bairro da Reboleira, local que tem servido de pano de fundo para as suas últimas produções.

Ambos os filmes foram amplamente aclamados pela crítica e ganham visibilidade no circuito cinematográfico internacional. A nomeação para os Prémios Sophia 2025 é um reconhecimento do impacto e da relevância das suas narrativas no atual contexto cultural.