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Mary’J, a geração Z das baladas lusófonas

August 26, 2019
Mary’J, a geração Z das baladas lusófonas

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Uma nova geração do hip-hop angolano tem surgido dos que nasceram depois de 2000, e nomes como Mary’J, que nasceu a 7 de abril de 2000, em Luanda, é o exemplo mais puro do talento desta nova vaga de artistas.

A jovem tem um talento que acreditamos vir a despertar a atenção do público muito brevemente. No Soundcloud podemos ouvir a sua primeira faixa, “Chama do Amor” que conta com a participação de Xuxu Bower membro dos Mobbers . Estivemos com a jovem artista para conhecer melhor esta sua ingressão no mundo da música.

https://twitter.com/maryellaguimas/status/1141126296640139264?s=20

Conta-nos resumidamente como foi a tua infância.

Cresci em Luanda, mais concretamente na Maianga. A minha infância foi boa, sempre fui muito curiosa e desde cedo desenvolvi uma paixão enorme pela música e sempre fui apoiada pela minha mãe, com quem eu vivia em casa dos meus avós.

O que estás a estudar e como tens conciliado a vida académica com a música?

Vou começar agora o primeiro ano do curso de Ciências da Comunicação. A,ntes quando estava no secundário, limitava-me a escrever quando tivesse inspiração e gravava nos finais-de-semana de modo a não prejudicar o meu desempenho escolar.

Quem é a Mary’J, e o porquê desse nome?

A Mary’J é de certa forma o meu “eu” mais criativo, mais artístico e mais extrovertido. É através dela que todos os meus sentimentos são transportados sem filtros para o papel ou notas do telefone de modo a criar algo capaz de despertar sentimentos a quem ouvir. Escolhi esse nome porque “Mary” por ser diminutivo de Mariela e “J” porque gostava de como soava, ao contrário de como ficava com o “G”, que é a inicial do meu sobrenome. E também por causa da personagem de Homem Aranha, de quem gosto bastante.

Como é que entraste no mundo da música?

Entrei no mundo da música em 2017, quando fui convidada pelos TDB Muzka para participar numa música com o título “By Night”. Posteriormente, passei pelos “Trio”, onde tanto com os membros do grupo como a partir deles surgiram novas ideias e conheci personalidades fortes que me incentivaram a continuar porque este sempre foi o meu sonho.

Como nasceu a tua primeira música, onde gravaste e qual a história por detrás da dela?

Após algumas participações em músicas de outros cantores e em projetos de grupo, a minha primeira música nasceu oficialmente em 2018. Isto, após um reencontro com o Xuxu Bower que eu já conheço desde pequena porque estudámos no mesmo colégio. Mostrei-lhe alguns dos meus projetos e ideias, sobre os quais ele deu vários conselhos e opiniões, e sugeriu-me que cantasse no estilo zouk. Abracei a ideia, e passados uns meses, ao ouvir um beat do WKMUSIC escrevi a “Chama Do Amor”. Enviei o áudio para o Xuxu e ele gostou da ideia e eu perguntei se ele não queria entrar, ele concordou.

https://twitter.com/maryellaguimas/status/1037071822716592128?s=20

Tens mais participações do que faixas próprias. Que tens feitos para alterar este cenário?

Na verdade tenho alguns projetos a solo a serem gravados, outros masterizados e tenho pensado na melhor altura para os lançar, no entanto gosto bastante de fazer participações especialmente se a música for boa.

Como tem sido o feedback de “Chama do Amor” com o Xuxu Bower?

A “Chama do Amor” realmente tocou e toca as pessoas que a ouvem. Às vezes recebo mensagens de amigos e familiares ou até mesmo de estranhos a dizer que não param de ouvir a música.

O que te atrai no mundo da música e quais as tuas influências?

O que me atrai no mundo da música é sentir o amor dos fãs, das pessoas que apoiam, é saber que tu escreveste uma música com a qual milhares se identificam, fizeste um trabalho bom que tocou na alma. Isso é precioso e é algo que nem fama nem dinheiro compram. As minhas influências são Michael Jackson, Rihanna, Lana Del Rey, The Weeknd, Adele, Drake, Travis Scott, Jorja Smith, IAMDDB, entre outros.

Como quem gostarias de trabalhar?

Já trabalhei com o Xuxu Bower mas voltarei a trabalhar. Quero também trabalhar com elemento dos Mobbers, com o Dji Tafinha, Deejay Telio, Edgar Domingos, Wet Bed Gang, Monsta, C4 Pedro, Carla Prata, estes são os principais no entanto o destino pode ter outros planos.

Quais as tuas influências dentro da música feita em português ?

Anselmo Ralph, C4Pedro, Yasmine, Yola Semedo, Pérola, Kueno Aionda, Anitta, Paulo Flores, Tóy Tóy T-Rex.

O que podemos esperar de ti ainda este ano?

Um hit maior que a “Chama do Amor” e já estou a trabalhar nele. Sem contar que também estou a trabalhar em projetos do meu grupo B-ÜNIK que vão estar fire.

Que tipo de mensagem queres passar com a tua música?

Eu não tenho um tipo exato de mensagem que eu queira passar porque os sentimentos não são fixos nem o meu estado de espírito, mas na sua maioria vai rondar mesmo à volta do amor, da paixão e as suas “armadilhas”.

Quais sãos as tuas projeções para o futuro, ou não pensas nisso?

No futuro eu quero cantar para milhares de pessoas e conseguir atingir o patamar mundial, mas atualmente estou mais focada no que tenho de fazer agora. Deus se encarregará de me meter exatamente onde eu quero.

Qual a tua opinião no que toca a música na lusofonia ?

No que toca à música na lusofonia, eu acho que neste momento há muita diversidade desde mistura de estilos musicais até aos flows, o mercado está competitivo e feroz logo temos que nos destacar da melhor maneira possível. Os artistas da nova geração estão a vir com garra e desta maneira acredito que vamos “dominar” o mundo.

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