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Moçambique despede-se de Azagaia

March 14, 2023
Moçambique despede-se de Azagaia

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O rapper e ativista Azagaia vai a enterrar esta terça-feira 14, em Maputo, no cemitério de Michafutene, às 13h45 (hora local).

A morte do artista levou milhares de pessoas às ruas da capital moçambicana, sobretudo na Praça de Independência, onde se encontra a estátua de Samora Machel, líder da Independência de Moçambique e primeiro presidente do país.

O velório decorre ali nas imediações, no paços do Conselho Municipal de Maputo.

Nas redes sociais e nos meios de comunicação social são várias as declarações de pesar pelo desaparecimento do artista. “A morte do Azagaia restaura toda a potência revolucionária dos jovens, que havia sido neutralizada pelo partido colonizador”, disse o também ativista Honório Isaías.

O gestor cultural Evaro de Abreu indica que o artista “era uma força da natureza que deixou um legado que tem que ser continuado”.

Eldevina Materula, Ministra da Cultura e Turismo e também artista disse no seu discurso oficial de pesar que Azagaia “partiu cedo, deixando um vazio tanto na família, como no meio artístico e na sociedade moçambicana. (…) Dada a abertura e o alcance social das suas músicas, Azagaia foi alvo de estudo e crítica de admiradores das artes e cultura não só em Moçambique, mas também, além-fronteiras, reavivando a nossa história, granjeando simpatias, internacionalizando as artes e cultura moçambicanas e projetando, na sua perspectiva, a imagem do país”. A ministra ressalvou ainda que o artista “fez da música um instrumento de identidade e de afirmação da moçambicanidade e o hip pop, o seu estilo. Inspirou gerações na busca de respostas para desafios do País. Talentoso que Azagaia foi, conseguiu transmitir aos seus fãs que hip pop é um estilo de música que tem cor, beleza e movimento, mas também, o hip hop comunica, tornando desta maneira a técnica de composição das suas obras única”.

Foram mais de 15 anos de comprometimento do rapper em ser a “voz do Povo moçambicano” e da sua intervenção sobre problemas sociais. A sua carreira é marcada pelo lançamento de dois álbuns de originais, Babalaze (ressaca, em Changana) pela editora Cotonete Records, em 2007, onde está o êxito Mentiras da Verdade, som que elevou o rapper à posição de defensor do povo; Cubaliwa em 2013 e um Extended Play sob a chancela da GM Records.

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