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Nesta quarta-feira, a Galeria do Porto de Maputo recebeu o Diálogo Entre Letras e Cores, uma exposição ao vivo que juntou dois agitadores culturais de Moçambique, Sebastião Coana e Paulina Chiziane.
Em Diálogo Entre Letras e Cores, o artista plástico Sebastião Coana traz, pela primeira vez, uma fusão entre pintura e literatura, onde pinta e narra histórias literárias contadas pela escritora Paulina Chiziane.
Em comunicado enviado à BANTUMEN, o artista plástico expressou o seu entusiasmo ao trabalhar no mesmo projeto com Paulina, que muito aprecia e por quem nutre uma enorme admiração: "Como artista plástico e jovem, é uma honra poder trabalhar com a mamã Paulina Chiziane. É ainda uma honra, como artista plástico, ter essa oportunidade e poder viver esta experiência de observar e criar oportunidades e de recebermos da mamã Paulina a comida artística para o ecossistema artístico-cultural no nosso país. Como jovem, vou aprender com a mãe Paulina Chiziane e também carrego a responsabilidade de ensinar aos outros que seguem neste ramo das artes plásticas, para deixarmos Moçambique com uma geração de artistas”, explicou.
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Já para Paulina Chiziane, esta exposição leva-a de volta ao passado, na época em que tinha o sonho de ser pintora, e ao mesmo tempo, dá-lhe a oportunidade de realizar o seu sonho de infância: "Trabalhar com Coana permite-me explorar um sonho de infância nunca realizado – pintar. A arte, para mim, transcende fronteiras e categorias; é uma comunhão de expressões e uma celebração da vida", revelou.
Diálogo Entre Letras e Cores tem como objetivo não apenas destacar a união entre as artes visuais e literárias, mas também reforçar o papel da arte como uma expressão fundamental da humanidade, capaz de inspirar e transformar a sociedade. A exposição, que dá início às atividades de Coana para 2025, estará patente de 29 de janeiro a 9 de fevereiro, e posteriormente será apresentada nos bairros periféricos, através da iniciativa “Arte na Zona”, da Associação Movimento Artístico.
O conceito, pioneiro no percurso artístico de Coana, envolve a criação de três grandes obras, cada uma medindo 2x2 metros, pintadas em telas previamente inutilizadas. Duas destas obras, foram leiloadas no dia 29. A exposição também inclui 15 peças adicionais, variando de 8,0 x 9,0 a 23,0 x 33,0 cm, que representam momentos cruciais da carreira de Coana e que o ajudaram a superar adversidades.
Com mais de duas décadas nas artes, Sebastião Coana é um artista plástico contemporâneo. Graduou-se na Faculdade de Arquitetura da Academia Central de Belas Artes na China, entre 2006 e 2012, e concluiu o mestrado em Finanças em 2015. A sua verdadeira paixão sempre foi as Artes, um interesse que despertou em 1995 ao participar no programa juvenil de iniciação artística do Museu Nacional de Artes em Maputo. Fascinado pelas cores vivas, Coana começou a desconstruir imagens da cultura moderna utilizando uma paleta de cores vibrante, criando obras variadas que não passaram despercebidas e rapidamente o colocaram como uma figura proeminente na revolução artística de Moçambique.
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