Inspirados nos transportes de Maputo, Throes + The Shine lançam “Chapa”

O trio luso-angolano Throes + The Shine lançou a 11 de abril, o novo single “Chapa”, uma faixa que antecipa o próximo EP do grupo e que se inspira na experiência vivida em Maputo, Moçambique. O tema está já disponível em todas as plataformas digitais.

“Chapa” é uma homenagem aos transportes coletivos moçambicanos, em particular aos populares chapas — pequenas carrinhas de transporte urbano que circulam pela capital moçambicana. É essa pulsação urbana que o grupo procura replicar, através de uma fusão de kuduro, eletrónica e melodia.

“Está uma malha muito muito fixe, tem a nossa identidade, mas com a experiência que nós vivemos em Moçambique”, afirmam os membros do trio, em declarações à BANTUMEN. A canção reflete a viagem não só geográfica como também cultural e emocional da banda, que tem vindo a apresentar o seu estilo híbrido em palcos internacionais desde 2014.

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Com atuações em países como a Coreia do Sul, França, Suíça e Brasil, Throes + The Shine têm cativado públicos diversos com uma sonoridade que reúne características de cada um dos seus elementos. “Somos três pessoas completamente diferentes e quando nós chegamos e dizemos que fazemos uma mistura de kuduro com eletrónica, o pessoal não percebe muito bem o que que é, mas depois de ver o concerto e ver aquela energia consegue interiorizar”, explicam. 

O grupo destaca ainda o seu papel na reinterpretação e valorização do kuduro fora de Angola. Em vários países, afirmam ter sido necessário corrigir percepções erradas sobre o género: “Mostraram-nos músicas que chamavam de kuduro, mas que não tinham nada a ver. Tivemos de explicar e mostrar o que realmente é o estilo, de onde vem e como se dança.”

Para o grupo, cada concerto continua a ser uma experiência. “Cada público é um público. A energia muda de país para país, por isso continuo a sentir nervosismo antes de subir ao palco. Mas é isso que nos move”.

“Chapa” surge assim como  “um convite irresistível a embarcar numa viagem sonora”, refletindo também as experiências do grupo nos últimos 10 anos.