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Agricultoras da região de Quinará e Bolama Bijagós, Guiné-Bissau, reforçam conhecimentos na matéria de composição nutricional e grupos alimentares, através de exercícios práticos e experimentais durante a formação de capacitação sobre segurança alimentar e questões de género.
A cidade de Buba foi palco da formação que contou com a participação de 72 mulheres rurais e agricultoras. A formação foi realizada pela Tiniguena no quadro da implementação do projeto “Mulheres Rurais: garantes da produção, segura nos direitos e na consolidação da paz”, em parceria com o Programa Alimentar Mundial (PAM). O programa visa capacitar e promover a valorização de saberes tradicionais, consumo de alimentos regionais e como resultado assegurar a adoção de boas práticas alimentares e continuidade de sensibilização a nível das associações femininas e pequenos agricultores nas suas comunidades.
De acordo com a assistente do Reforço de Capacidade e Género do projeto, Sábado Vaz, os resultados apresentados pelas mulheres durante a formação foram positivos. “Os resultados demonstrados por essas mulheres são encorajadores e com certeza será propagada junto das suas comunidades”, disse.
Para elas, além de falta de poder financeiro, o acesso às outras variedades de produtos, à situação geográfica e como os tipos de produtos cultivados nas zonas, faltava-lhes também o conhecimento sobre como variar a alimentação com o pouco que têm para uma nutrição saudável.
A promoção dos Direitos Humanos à Alimentação Saudável e em especial das Mulheres Rurais constitui um dos princípios fundamentais desta intervenção.
Segundo a formadora e nutricionista, Laissiato Assanato Jamanca, o nível de aproveitamento das mulheres participantes é louvável. “Elas conseguiram de uma forma positiva demonstrar os conhecimentos e as lições aprendidas sobre a composição nutricional e a distinção de grupos de alimentos que são protetores, energéticos, construtores, e também estão consciencializadas de que precisam melhorar a alimentação, durante a gravidez porque tudo começa lá, nós já vimos muitos casos das crianças desnutridas”, explicou-nos.
Mitos e crenças culturais acabam, às vezes, por afetar à saúde da mãe e da criança, levando ao abandono e consequente morte de crianças com vários problemas de saúde.
“Pode-se dizer que tinham um conhecimento médio sobre a importância de cada produto no nosso corpo, ou seja, conheciam apenas os produtos, mas depois da formação estão consciencializadas. É muito bom ver as mulheres das comunidades saberem da importância dos seus produtos”, disse-nos a nutricionista.
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