UNA faz mapeamento para reconhecer e celebrar as Artes Negras em Portugal

A União Negra das Artes (UNA) lançou uma nova e ambiciosa iniciativa chamada Automapeamento, um projeto coletivo que visa reconhecer e valorizar o legado artístico e cultural de pessoas negras em Portugal. Esta iniciativa tem como objetivo promover a visibilidade e o reconhecimento da comunidade artística negra, como também criar uma base de dados confiável que possa sustentar políticas públicas e ações afirmativas em diversos setores.

O Automapeamento UNA é uma plataforma digital que está a ser desenvolvida em várias etapas. A fase atual concentra-se na recolha de informações básicas sobre artistas negros em Portugal, utilizando um formulário online disponível no site da UNA. Esta primeira fase é crucial para construir uma base de dados inicial que será acessível a todos os interessados.

No futuro, o projeto prevê a recolha de informações mais detalhadas sobre os artistas e a produção de dados estatísticos. Estes dados serão fundamentais para evidenciar a necessidade de políticas públicas e ações afirmativas que possam apoiar a comunidade artística negra em Portugal.

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Com dados confiáveis e detalhados, o Automapeamento UNA pretende fornecer a base necessária para a implementação de políticas públicas e ações afirmativas que promovam a igualdade e a inclusão.

O sucesso do Automapeamento depende da colaboração e do envolvimento da comunidade, assim a União Negra das Artes apela à participação ativa de todos os artistas negros em Portugal, incentivando-os a preencher o formulário online e a contribuir para esta base de dados.

A recordar que, com o objetivo de promover, elevar e fortalecer a representatividade negra no campo artístico, “assim como o reconhecimento e a valorização do património imaterial da população negra em Portugal”, a UNA é um espaço aberto para quem se reveja nos seus princípios – celebração, denúncia, transparência, interseccionalidade, horizontalidade, representatividade e ancestralidade – e pretenda combater as desigualdades raciais historicamente construídas assim como celebrar o nosso longo e rico legado artístico”.