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Sob a curadoria de Juci Reis, a exposição “ “A História da Minha Família” de Yasmin Forte estará em exibição no México a partir do dia 25 de Novembro na exposição coletiva ¡Okê Arô Okê!
A fotógrafa moçambicana Yassmin Forte junta-se a outros 14 artistas de diferentes partes do mundo para uma exposição coletiva que pretende celebrar o movimento negro e indígena no Brasil.
As mitologias e as cosmologias africanas constituem no Brasil um importante objecto de estudo e de conexão com as forças da natureza. Para esta exposição o mote centra-se no antropoceno que por um lado e na busca por perceber como estas forças da natureza não aceitam o desrespeito e as práticas nocivas que envolvem a poluição do ar, o desperdício de água e a destruição das árvores, e por outro lado, tentando entender como é que o conhecimento sobre a natureza, o meio ambiente pode contribuir para resolver as necessidades humanas.
A exposição coletiva ¡Okê Arô Okê!parte do mito ioruba de Oxóssi, protetor das florestas, “onde os animais, cujos gritos ele imita com perfeição, chamam os espíritos dos ancestrais”. Oxóssi ritualiza a necessidade de conexão com a natureza e gera uma associação simbólica que amplia percepções sobre nossa condição atual, assim como novas leituras acerca de preocupações sobre a sustentabilidade e o antropoceno.
https://www.instagram.com/p/DChF5KptleD/?img_index=1
“A história da minha família” venceu o Prémio de Fotografia Africana Contemporânea “Cap Prize” em 2022. Trata-se de um trabalho que aborda os efeitos do colonialismo e da migração utilizando arquivos da família de Yassmin Forte.
Segundo a curadoria do ¡Okê Arô Okê!, o uso de técnicas mistas, típicas do universo da arte urbana, do grafite, da fotografia, do vídeo e do desenho permitiu tecer ainda mais os significados sobre arte e espiritualidade. Algumas peças artísticas tratam do “corpo metafísico”, como perspetiva de incorporação de outros significados que estabelecem uma conexão com o arquétipo do orixá Oxóssi, através do entrelaçamento das manifestações de matrizes africanas no Brasil, com as práticas artísticas.
O trabalho de Yassmin Forte incorporado nesta exposição, ao lado de artistas contemporâneos do Brasil, Colômbia e Portugal consiste numa viagem às suas raízes, baseada nos arquivos de família que refletem sobre os efeitos do colonialismo e da migração na história particular da família da fotógrafa, e dos africanos, em geral.
“Este trabalho busca entender as misturas, as migrações e a colonização que afetou e afeta os a identidade dos povos africanos, onde desvendo também a minha identidade. É a homenagem que fiz ao meu pai que este ano nos deixou. Sinto-me muito feliz por ter o meu trabalho a ser divulgado no mundo ao lado de outros artistas internacionais.
ermino o ano com o coração cheio porque estive em Londres, Nova Iorque, Eslovênia e Johanesburgo”, concluiu a artista que em 2023 foi nomeada pela Bantumen como uma das 100 personalidades mais influentes da lusofonia.
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