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Eneida Marta celebra “Family” no Capitólio

Eneida Marta
Fotografia: Gonçalo Chaves

É já na próxima segunda-feira (30) que se celebra o dia da mulher guineense. Porém, em Portugal, mais propriamente no Capitólio, os festejos começaram mais cedo com a apresentação do álbum “Family”, de Eneida Marta.

Com uma casa bem composta, Eneida preferiu abrir o show de forma diferente. Aproveitou o momento de ansiedade da sua subida ao palco para, ainda atrás das cortinas, fazer um discurso sobre o papel que da Associação “Saúde Sabe Tene”, radicada em Portugal (Sesimbra). Sem fins lucrativos, a associação visa sensibilizar a comunidade portuguesa, e não só, para as problemáticas sócio-humanitárias e sanitárias, bem como apoiar as populações e pessoas mais desfavorecidas da comunidade dos PALOP, com foco na Guiné-Bissau.

Prontos para viajar pelo repertório musical da artista, Eneida arranca o concerto com a música que deu vida ao novo álbum, “Kuma”. O tema foi criado durante a quarentena e foi fruto de um desafio do filho Ruben para cantá-la fora do habitual. Eneida lançou-se à aventura sem pensar duas vezes, visto que “era algo que já queria fazer há muito tempo”.

Eneida Marta | Fotografia: Gonçalo Chaves

Vestida pelas mãos da estilista Cristina, impulsionadora da marca “Queen Titine”, a mulher mais aclamada da Guiné encheu o palco com a vivacidade das cores do seu vestido.

O silêncio da plateia atento à melancolia da doce voz de Eneida, permitiu à cantora que, à capela, interpretasse a música que lhe garantiu o sucesso, “Mindjer Doce Mel”.

Contudo, foi no “Mama” que elevou as sonoridades guineenses, tocando inclusive, a famosa cabaça (instrumento tradicional da terra de Amílcar Cabral), e ao ritmo do batuque, trouxesse palmas sincronizadas da música tradicional ao Capitólio.

Os dançarinos, Gerson Sanca e Débora Costa invadiram o palco em “Bin Sinan”, trazendo uma iluminação ainda mais forte ao tema, mas, foi sobretudo na entrada de Lil Bruce, que os fãs ficaram rendidos e deixaram-se embalar pelas habilidades vocais dos cantores.

Eneida Marta | Fotografia: Gonçalo Chaves

Pelas cordas da guitarra de Jerry Bidan iniciava-se a viagem pela “África Tabanka”, música que faz parte do álbum Nha Sunhu, de 2015, e dedicou-a aos políticos guineenses. Esta atitude mereceu uma reação positiva do púbico entre felizes assobios e palmas.

Finalmente, chegou o tão aguardado momento entre mãe e filho, em que juntos, cantaram ao ritmo do afrobeat o tema “Bai”.

Regressámos às sonoridades típicas nacionais com a música “Cabalindadi”. Com solo do baixo de Ivan, a dança tradicional transformava o Capitólio em terra batida com o pó a ser levantado pelo jogo de pés que estremeciam a casa de espetáculos portuguesa. Ali, mais uma vez, Eneida confirmou a potencialidade do seu poderio vocal.

Eneida Marta | Fotografia: Gonçalo Chaves

À conversa com o público, Eneida confessou as suas inseguranças com o corpo, e em tom de brincadeira, revelou que, quando se olha ao espelho vê um corpo com história. E ainda que, em baixo de forma, apaixonados é o que não lhe falta. Não apenas pelo físico, mas também pela beleza que, como a mesma afirma, não lhe falta. E assim entrou a música “Fidalgo” com o quarto convidado da noite, Huca.

Segui-se a música “Amor Livre”. Mais uma composição do álbum Nha Sunhu.

Num estilo mais descontraído, mais dançante e também contagiante, Eneida Marta encantou o público com a rumba de “Mininu”, acompanhada pela conceituada cantora cabo-verdiana Nancy Vieira. Desfrutou-se da presença da cantora e não faltou o pé de dança ao som da morna bem conhecida pelos PALOP “Peca sem Dor”.

Eneida Marta | Fotografia: Gonçalo Chaves

Na iminência do fecho de cortinas, Eneida Marta aproveitou para agradecer a todos os que fizeram de tudo para que este concerto fosse possível de acontecer.

Contudo, apenas na última música o público se rendeu, por completo, ao incrível concerto de Eneida. Levantando-se dos seus lugares e fazendo tremer o chão do Capitólio, invadiram a pista de dança e mostraram todo o seu carinho à grande artista guineense que proporcionou momentos de felicidade – da forma que todos os filhos (ou descendentes) do continente Berço da Humanidade gostam e sabem. Assim, na presença de todos os convidados de uma noite tipicamente guineense, previa-se o fecho das cortinas com o tema “Allan Guiné”.

A felicidade do povo encheu a sala e, com gritos de pedidos de mais uma música antes de se apagarem as luzes, a cantora acedeu ao desejo do público. Assim, Eneida desceu do palco e, junto dos fãs, cantou pela segunda vez a música “Allan Guiné”.

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