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Escuta activa, o método que nos faz entender o que as crianças dizem

Já deves ter reparado, por exemplo, que há pais que quando conversam com os filhos abaixam-se por forma a ficarem ao nível dos olhos das crianças. Esse é o método escuta activa e é utilizado pelo príncipe William de Inglaterra.

O conceito da escuta activa foi falado pela primeira vez em 1957, por psicólogos americanos Carl Rogers e Richard E. Farson.

O termo, que o El País garante ser um método, consiste tão simplesmente numa forma respeitosa de tratar as crianças. É, nas palavras da psicóloga Leticia Garcés Larrea, “uma forma de comunicação entre os membros da família que vai permitir criar empatia”, sendo que isso pressupõem falar com os mais novos estando ao nível deles.

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À partida esta pode parecer uma ideia básica, mas nem por isso praticada com frequência. “A comunicação também pressupõe a escuta. Nós não aprendemos a escutar. Sabemos escutar para dar opinião e para contrapor. Muitas vezes estamos a comunicar na defensiva, sobretudo com os miúdos“, diz Magda Gomes Dias, formadora em áreas comportamentais e comunicacionais, além de certificada em Inteligência Emocional, Educação Positiva, ao jornal Observador.

Quando um filho diz “quero comer agora a sobremesa”, a resposta mais óbvia poderá ser algo como “não podes comer agora, só no fim da refeição”. Perante isto, é provável que a criança volte a insistir, promovendo, assim, um diálogo de surdos. “A escuta activa é perceber o que a criança nos está a dizer. Neste caso seria responder algo como ‘Estás cheio de vontade de comer a sobremesa agora, não estás? Tens tanta vontade!’.” Defende a especialista que tudo melhora quando a criança sente que foi ouvida e percebida.

Ouvir é involuntário. Ouvimos os pássaros ou as pessoas a falar na rua, mas não estamos a escutar. A escuta implica vontade, é o prestar atenção às pessoas”. Segundo Magda Gomes Dias, a escuta activa faz com que uma criança se sinta mais reconhecida, no sentido em que sabe que o seu desejo foi escutado, independentemente de ter levado ou não a sua avante. “Os pais têm medo de fazer escuta ativa com medo de terem, também, de ceder”, diz, afirmando que recomenda com frequência que os pais se baixem e falem ao nível dos olhos das crianças. “Quando estamos ao nível delas temos pontos em comum.”

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