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“Exigimos responsabilidades ao estado português por Verdade e Justiça sobre a morte dos nossos filhos”

Alice Costa e Luísa Santos, mães de Danijoy Pontes e Daniel Rodrigues, respetivamente©BANTUMEN
Alice Costa e mãe de Daniel Rodrigues ©BANTUMEN

O protesto que decorrerá nesta sexta-feira (10/03), em frente ao Ministério da Justiça, é organizado por diversos grupos contando também com a mobilização de grupos antirracistas e anti-carcerários.

Por uma procura constante pela verdade que não parece ter fim, acrescem processos morosos, burocráticos, irregulares, que se atrasam e dão meramente origem a mentiras sobre o que realmente se passa dentro das prisões em Portugal e a falsidades sobre o que causa a morte dos reclusos. É preciso lutar contra o silêncio que se faz sentir na Justiça portuguesa. É preciso que a Justiça não seja seletiva e seja devidamente feita pelos órgãos competentes a todos, independentemente das pessoas a que a ela recorrem sejam cidadãs, residentes, migrantes, apátridas de um dado país.

Alice Santos ficou a saber através da comunicação social que o processo do seu filho será novamente arquivado, sendo alegado que a morte do seu descendente fora “natural”. A mãe de Danijoy Pontes, jovem de 23 anos, que faleceu a 15 de setembro de 2021 no Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL Lisboa), luta há mais de ano e meio contra a Justiça para saber a verdade por trás da morte de Danijoy.

O mesmo sucede com Luísa Dolot Santos.  Daniel Rodrigues (37 anos) morrera na mesma ala do EPL Lisboa, a poucos metros de distância e com esparsos minutos de diferença, de Danijoy Pontes. O processo sobre a morte do filho de Luísa Dolot Santos também está para ser arquivado.

Tal como estas mães, várias outras famílias sofrem com o silêncio que lhes é dado em relação aos processos de inquérito morosos e eventual arquivo. Assim aconteceu com o caso de Miguel Cesteiro, de 53 anos, encontrado morto a 10 de janeiro de 2022 no Espaço Prisional de Alcoentre. A sua família precisa de respostas não de silêncios e omissões.

Assim, Alice Santos e Luísa Dolot Santos precisam que seja feita Justiça, precisam que a verdade lhes seja dada a conhecer, precisam que participemos na manifestação que vai acontecer no próximo dia 10 de março de 2023.

É preciso Verdade. É preciso Justiça. É preciso que haja transparência para com as famílias, para com as mães que sofrem. Afinal, qual é a causa de morte dos reclusos em Portugal, quando estes não apresentam histórico de doenças? O é que a Justiça em Portugal tem a esconder das famílias dos falecidos reclusos?

Junta-te à concentração que vai acontecer na Praça do Comércio, em frente ao Ministério da Justiça na próxima sexta-feira, às 17h00.

Relembramos-te que podes ouvir os nossos podcasts através da Apple Podcasts e Spotify e as entrevistas vídeo estão disponíveis no nosso canal de YouTube.

Para sugerir correções ou assuntos que gostarias de ler, ver ou ouvir na BANTUMEN, envia-nos um email para [email protected].

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