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“Orenda, Memória da Pele” em exposição no CCCV

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Bento Oliveira e Mito Elias, dois artistas crioulos a viver em Cabo Verde e na Austrália, respetivamente, vão levar Orenda, Memória da Pele ao Centro Cultural de Cabo Verde (CCCV), em Lisboa. De 23 de julho até ao 24 de setembro, a exposição vai oferecer aos visitantes uma reflexão sobre o estado da irmandade pós-covid.

“Orenda é um extraordinário poder invisível que os índios iroqueses [grupo nativo norte-americano] acreditavam permear em graus variados todos os objetos naturais animados e inanimados como uma energia espiritual transmissível capaz de ser exercida de acordo com a vontade de seu possuidor a orenda de um caçador bem-sucedido supera a de sua presa”, podemos ler no comunicado enviado à imprensa.

A mostra acontece no âmbito de uma parceria entre o CCCV, a Embaixada de Cabo Verde em Portugal, a Embaixada da Austrália em Portugal e o CPS – Centro Português de Serigrafia e vai estar patente de 23 de julho até ao dia 24 de setembro, de segunda a sexta, das 10h às 17h. A entrada é livre.

Sobre os artistas, Bento Alexandre Lima Fortes Oliveira nasceu em 1973, na ilha de Santo Antão, no arquipélago de Cabo Verde. Após terminar os estudos primários na vila da Ribeira Grande, viajou para a ilha vizinha, São Vicente, onde navios naufragados fazem parte da arquitetura paisagística. Descobre, então, as artes visuais como forma de exprimir as suas atitudes e inquietudes perante a vida. A topografia acidentada, a sensualidade emanada pela paisagem materna, nas suas dimensões geográficas e humanas, e a “vivência ao sol” do homem que a habita, representam as linhas de força que dão sentido ao seu caminho poético e visual. Depois de uma estadia na Amazónia, onde se licenciou em Educação Artística – Habilitação Artes Plásticas na Universidade Federal do Pará (Brasil) – Bento Oliveira regressou a Cabo Verde, a sua eterna inspiração e musa da sua arte.

Quanto a Mito Elias, nome artístico de Fernando Hamilton Barbosa Elias, nasceu na cidade da Praia, em Santiago, Cabo Verde, em 1965. Estudou na AR.CO. em Lisboa, entre 1989 e 1992. É um poeta e artista plástico e tem desenvolvido uma linguagem plástica original que consiste na pesquisa da oralidade e do fabulário crioulo, num estilo simbiótico entre aguada, escrita e multimédia que apelidou de Mare Calamus.

Expõe regularmente, desde 1983, o seu trabalho desenhado, pintado, escrito ou videografado, e tem viajado por diversos cantos do globo, como Angola, Brasil, Cabo Verde, Canárias, China, EUA, Espanha, França, Holanda, Itália e Portugal. Está representado em várias coleções espalhadas pelo mundo, das quais se destacam: Banco Mundial, EUA; BNU, Macau; Museu Afro Brasil, São Paulo, Brasil; Embaixada de Cabo Verde, Lisboa, e Ethnic Communities Council of Victoria, Austrália.

Mito Elias vive em Melbourne, na Austrália, desde 2013, onde trabalha como artista independente e tutor de artes visuais, dirigindo workshops de arte através do seu Fandata Studio, um conceito low cost art workshop. Mito Elias foi distinguido com a Medalha do Vulcão, 1.ª classe, atribuída pela Presidência da República de Cabo Verde.

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