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Festival Rama em Flor vai “desordenar e desconstruir a concepção do que é ser branco”

Concerto Novo Negócio ZDB |©Vera Marmelo
Concerto Novo Negócio ZDB |©Vera Marmelo

O Rama em Flor, um festival que se compromete a celebrar o feminismo e a cultura queer, através de um programa transdisciplinar, heterogéneo e inclusivo, volta a acontecer este ano e com um ciclo de eventos que pretendem desconstruir o conceito de branquitude.

Com apenas duas edições, 2016 e 2018, o festival assumiu a sua multidisciplinaridade com conversas, cinema, música, djsets, workshops, exposições e feira de zines em vários espaços de Lisboa. Este ano, de 8 a 27 de junho, foi incluído o ciclo Desordem do Conceptual Branco, programado por Nael d’Almeida e Melissa Pereira e dedicado “à desconstrução do conceito de branquitude, da exploração de identidades e linguagens e da importância das mesmas na construção de representações, individuais e sociais.”

A ideia do programa surgiu por Nael e Melissa serem as únicas pessoas racializadas na equipa de programação do festival, que se assume como interseccional, tornando-se assim necessário, além do feminismo, abordar questões sobre racialização e privilégio.

“Este ciclo propõe-se a desordenar e desconstruir a concepção do que é ser branco, tido social e culturalmente como o certo, o bom, o moral, o digno e o superior. Com este ciclo queremos dar visibilidade a corpos que estão normalmente afastados das estruturas de poder, corpos que narram a sua própria história, que expressam a sua vivência e que contam como veem o branco do seu lugar”, podemos ler no comunicado enviado à redação da BANTUMEN.

O ciclo de eventos vai acontecer na galeria Zé dos Bois, em Lisboa, e já no dia 8 de junho acontece o Novo Negócio ZDB, onde cinco artistas com vivências distintas, que se tornam semelhantes devido ao processo de racialização, juntam-se para uma viagem ao universo da música clássica.

A proposta é uma reinterpretação de uma sonata clássica de Gioacchino Rossini, um compositor italiano do final do século XVIII e início do século XIX, para ir entrando numa viagem em torno de autores africanos da contemporaneidade, como por exemplo Cesária Évora. O propósito é criar uma sobreposição de afrobeats e loops eletrónicos que transportam as obras clássicas mais ancestrais para o presente contemporâneo.

Suzana Francês, Cire Ndiaye, Florêncio Manhique, Evanilda da Veiga e Ari.you.ok farão as hostes da casa, com o apoio de um dois violinos, um violoncelo, um contrabaixo e loopstation, respetivamente. O valor dos ingressos deste evento é de oito euros.

O cartaz completo do Festival Rama em Flor pode ser consultado no site do festival, aqui.

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