De 28 de março a 1 de abril a Ilha de São Miguel volta a acolher o festival Tremor que, além de um cartaz diverso, investiga os limites do som, da palavra, da música e da linguagem, e ainda podes aproveitar para conhecer a ilha, famosa pela sua paisagem vulcânica.
Há dez anos que o festival acontece naquela ilha e em jeito de celebração, o evento quer medir o pulso a alguns dos movimentos musicais mais interessantes dentro e fora de portas.
Para este primeiro anúncio de programa alinham-se viagens pela música negra de Angel Bat Dawid, o fado ativista de Fado Bicha, a eletrónica imersiva de Ela Minus, o kuduro eletrónico de Pongo, o jazz sinestésico de III Considered, o garage-punk de Vaiapraia, a pop intimista de Bia Maria e as viagens sonoras dos açorianos Flipping Candy.
Da longo cartaz, há ainda a acrescentar à lista must see os Avalanche Kaito, Divide and Dissolve, Grove, Kabeaushé, LYZZA & 8stars.
Além dos concertos, o Tremor 2023 vai também promover um total de oito residências de criação, entrecruzando comunidades e linguagens. No campo da música, voltará a ser possível experimentar a performance duracional da Orquestra Modular Açoriana.
O coletivo, que será criado a partir de um open call lançado à comunidade local direcionado a músicos (amadores e profissionais) que possuam sintetizadores e teclados, tocará sobre uma instalação sonora desenvolvida pelo coletivo MSHR. O já tradicional Tremor Todo-o-Terreno (caminhadas performativas por trilhos da ilha) será sonorizado por uma criação do trio vocal COBRACORAL. Angel Bat Dawid trabalhará ao lado da Banda da Fundação Brasileira para a criação de um espectáculo único com base no seu repertório.
Além dos concertos dentro e fora de portas, o festival vai ainda oferecer momentos surpresa, as tradicionais caminhadas sonorizadas e performativas do Tremor Todo-o-Terreno, conversas e outros espaços de encontro.
Nesta décima edição, a organização propõe-se em voltar a trabalhar ao lado de músicos, artistas visuais, diferentes comunidades associativas do arquipélago e cidadãos para a criação de espectáculos únicos.
Equipa BANTUMEN
A BANTUMEN é uma plataforma online em português, com conteúdos próprios, que procura refletir a atualidade da cultura negra da Lusofonia, com enfoque nos PALOP e na sua diáspora. O projecto editorial espelha a diversidade de visões e sensibilidades das populações afrodescendentes falantes do português, dando voz, criando visibilidade e representatividade.