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Filme “Chelas nha Kau” em estreia no Cinema Ideal

Imagem do filme Chelas nha kau | DR
Imagem do filme Chelas nha kau | DR

De um processo de experimentação entre jovens da Zona J, surgiu o Chelas Nha Kau, um filme documentário que rejeita a hierarquia do cinema de autor e faz uma reflexão de dentro para fora sobre as histórias, residentes num bairro que vai muito além do rótulo “problemático”. Vencedor de vários prémios no Festival Política 2022 -incluindo a categoria Filme do Ano -, a película é uma realização coletiva entre os Bataclan 1950 e Bagabaga Studios e vai estar em exibição no cinema Ideal (Lisboa), de 15 a 21 de setembro.

“O que significa ser jovem na Zona J? Chelas nha Kau nasce da vontade de um grupo de amigos contar a sua história e a do bairro onde vive. Com um olhar que parte de dentro, acusam “os de fora” de se basearem nos preconceitos veiculados nos media. Mas, no filme, dão-lhes uma segunda oportunidade: ‘Vêem um bairro problemático, pensam logo isso, mas não… Venham cá ver como é que é'”, podemos ler no comunicado enviado à BANTUMEN.

O roteiro do filme-documentário começou a compor-se de forma espontânea, em 2016, durante a realização do atelier multimédia Dá-te ao Condado E6G, com os Bagabaga Studios e um grupo de jornalismo audiovisual . “Gravámos música numa despensa, transformámos parapeitos de janelas em tripé e filmámos com telemóveis universos que uma câmara de vídeo profissional dificilmente conseguiria captar. ‘Vamos mesmo conseguir fazer um filme desses como se vêem no cinema?’, Há quatro anos, ninguém sabia, na verdade, responder a esta pergunta”, dizem os jovens realizadores, citados no mesmo documento.

Com a participação de cerca de vinte jovens, Chelas nha Kau é o reflexo de um processo de experimentação e partilha, que procura a união entre os jovens dos aglomerados alfabéticos que compõem aquela zona Oriental da capital portuguesa. Nos vários relatos que desfilam no filme, ouvimos falar de união, amizade, do sentido de pertença a uma zona social e politicamente excluída, mas também de violência policial e como lidam com ela.

Durante o processo de filmagem, a única certeza foi a perspetiva que que queriam: as histórias “de diversas pessoas que pegam na câmara e mostram aquilo que, para elas, é importante”, tornando-se assim num filme polifónico que rejeita a hierarquia do cinema de autor.

No cinema Ideal, o dia de estreia, 15 de setembro, haverá uma sessão especial do filme, às 21h15, com Bataclan Islu, Gohu, Sandro Bagabaga Luciana Maruta, Ricardo Venâncio Lopes, Sofia da Palma Rodrigues, para uma conversa com a moderação do investigador e agente social e cultural António Brito Guterres.

De recordar que Chelas nha kau foi o grande vencedor do Festival Política deste ano, arrebatando a estatueta de Filme do Ano, o Prémio do Público e o Prémio Sub-30, para produções de realizadores com menos de 30 anos.

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