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20 anos depois. Uma Força que continua Suprema

Força Suprema no Coliseu | Foto: @jafuno
Força Suprema no Coliseu | Foto: @jafuno

Há 20 anos que o hip hop em português viu nascer um dos grupos mais populares e bem sucedidos da lusofonia. Don G, NGA, Prodígio e Masta fizeram do seu sucesso e forma de trabalhar uma barreira de respeito intransponível, até para os adversários mais aguerridos. Hoje, com uma concorrência cada vez mais frenética e melhor preparada desde os primeiros passos, centenas de singles e seis discos depois, a Força Suprema continua fiel a si mesma e a gerir o game.

Para celebrar o caminho percorrido nestas últimas duas décadas, o conjunto uniu-se recentemente no palco do Coliseu dos Recreios, em Lisboa, diante de uma plateia cuja pandemia obrigou a manter-se à distância desde 2020.

Mesmo agendado a meio da semana, os fãs marcaram presença no espetáculo e foram devidamente recebidos por Prodígio. O “filho do rei” foi o primeiro a subir em cena e a inaugurar o microfone com “Deus Me Perdoa”, do álbum Prodígios, lançado em 2015.

Da nova geração, muito poucos artistas de hip hop em português dão-se ao luxo de não referir a Força Suprema como uma das suas maiores influências. Os muitos que o fazem, são eles também descendentes de uma glória à escala lusófona sem precedentes. Um desses filhos é Mizzy Milles, que esteve no concerto para cantar “God Mode” com Pro2da.

Num misto entre as músicas individuais e do conjunto, um dos pontos mais altos da noite foi sem dúvida quando começou a ecoar o beat de “Ta a Brinkar Com Kem”, seguindo-se “Trafulha”, “Acima dos Meus”, “Identifica”, “Só Love”, entre muitos outros hits.

Com Cali John, LipeSky e Xuxu Bower dos Mobbers, a Força Suprema ofereceu ao público presente “Nuvens” e “Vou Levar”.

Van Sophie e Irina Barros foram também as estrelas da noite para abrilhantar, “Duas No Kubico”, “Amor é uma merda”, “Identifica”, “Só Love” e “Homicídio”.

Há a ressaltar também a participação surpresa de G-Son no evento, que partilhou o palco com Prodígio, em “Down”. O artista da Linha da Azambuja fez também questão de referir que a Força Suprema é formada pelos “senhores que abriram a porta para a Wet Bed Gang e muitos outros young niggas“.

Yuri da Cunha, o showman angolano, também teve um momento especial em cena, ao levar o público ao rubro com a atuação da música “Eu Fui ao Inferno e Voltei” e de “Beautiful”, esta última com Monsta.

A apresentação no Coliseu não foi apenas um concerto. Foi um momento para recordar e reviver emoções de um passado não muito distante, de quando os prémios, em Portugal e nos PALOP, ainda não reconheciam devidamente o hip hop como uma indústria própria, e de sucesso, dentro do negócio da música. Se assim fosse, hoje teríamos uma Força Suprema com muito mais estatuetas no armário, além das dos Angola Music Awards, e uma visibilidade além dos programas de entretenimento de nicho.

É também esse balanço que acabámos por fazer aquando do nosso último encontro. Nesta enésima entrevista, que aconteceu alguns dias antes do concerto no Coliseu, conversamos com NGA, Masta, Prodígio e Don G para perceber como olham para estes 20 anos de carreira, os negócios foram fazendo da música, os desafios da Dope Muzik e como é possível manter o estatuto depois de tanto tempo.

Relembramos-te que podes ouvir os nossos podcasts através da Apple Podcasts e Spotify e as entrevistas vídeo estão disponíveis no nosso canal de YouTube.

Para sugerir correções ou assuntos que gostarias de ler, ver ou ouvir na BANTUMEN, envia-nos um email para [email protected].

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