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Gana introduz uniformes escolares com estampas tradicionais africanas

Orgulho e valor histórico é o que representa a utilização de uniformes escolares com estampa africana pura, no Gana. É o primeiro país africano com esta iniciativa.

O Gana é uma nação situada no Golfo da Guiné, na África Ocidental, e tem uma longa tradição de uso de vestuário com estampa africana e, a utilização desses tecidos em instituições oficiais como as escolas, são um reflexo de afirmação bastante significativo, na medida em que incentiva os estudantes a cultivarem o que é da terra, bem como os países vizinhos a fazerem o mesmo e a valorizarem a matéria prima local.

Pode até ver-se esta iniciativa como uma vontade expressa de se libertarem das amarras mentais ligadas à colonização do país, ainda mais, deixando para trás os tradicionais uniformes internacionais, sendo que o uso destes é generalizado um pouco por todo o continente.

Através da página de Instagram da estilista Roselyn Silva (conhecida estilista santomense que cria quase exclusivamente com recurso à kapulana) encontramos um post que nos ajuda a contextualizar historicamente o uso dos tecidos com estampa africana. Desde o antigo Egito que África produz tecidos e foi entre os séculos XVI e XIX que começou a exportar para a Europa. 

A criadora de moda refere ainda que os tecidos desempenhavam um papel muito importante nas sociedades. Além de serem usados como vestuário, os trajes eram vistos como símbolos de prosperidade.

Em termos dos valores destes tecidos, Roselyn acrescenta que a qualidade, o tamanho e a ornamentação das roupas revelavam a classe social das pessoas. Na África Ocidental, destacando principalmente o Mali e o Gana, falar de tecidos, é um caminho para decifrar costumes locais e compreender um pouco mais da sua história.

Recuando um pouco no tempo, viajamos até 6 de março de 1957, quando o Gana tornou-se independente em relação à Grã-Bretanha, que colonizou o país. Este mesmo processo de independência foi levado a cabo por Kwame Nkrumah, que transformou o país numa República, tendo-o a si mesmo como presidente vitalício.

São cerca de 50 as línguas faladas no Gana, sendo que mais conhecida, é o Akan e, obviamente o inglês é a língua oficial (e também a língua formal de instrução em todos os níveis de ensino), tendo em conta os vestígios coloniais.

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