Acabou de estrear nas salas de cinema angolanas o filme A Dívida. Com Gilmário Vemba no papel principal conversámos com o artista para saber como foi esta sua primeira experiência cinematográfica, enquanto ator e produtor executivo.
O filme retrata o cenário de endividamento dos cidadãos de classe média, que recorrem a vários recursos, por vezes até menos formais, para financiar nas suas necessidades. A Divida é uma comedia de acção, em que Gilmário interpreta o papel de um motorista que contrai uma divida altíssima, para poder enviar a filha para o estrangeiro para enfrentar uma cirurgia.
No meio de um tiroteio, onde a sua patroa é atingida por um grupo de mercenários, Gil, personagem interpretada por Gilmário, acaba por ficar com uma mala de dinheiro e documentos da mulher. Com esse dinheiro, o motorista poderá finalmente pagar o agiota, mas ficaria em apuros com a sua chefe, que é também cabecilha de uma quadrilha.
Entre a ação e a comédia, Gil de vai ter o apoio de dois agentes da polícia para “matar dois coelhos de uma cajadada só”.
“Foi uma aula para mim, foi a primeira vez que trabalhei num projeto do género”, disse-nos o comediante e agora ator, que sublinhou a necessidade de separar as suas das vestes de humorista das de ator, dois ofícios que apesar das similaridades se unem mas com exigências diferentes.
“Separar o humorista do ator foi difícil. Meter drama onde era necessário não foi coisa fácil, às vezes a necessidade de ser engraçado falava mais alto”, explicou Vemba.
O humorista disse também que o “casamento” entre a ação e comédia é muito possível”, pois “torna o filme mais dinâmico e a história muito boa de se apreciar. O humor aparece sempre como pequenos sopros de relaxe durante a drama que se apresenta”, detalhou.
Na produção, Gilmário perpetua o seu nome como produtor executivo, ao lado de William Condo.
A Dívida tem um elenco composto Neide Van-Dúnem, Gilmário Vemba, Issac Bige, Sérgio Oliveira, Vasco Estevão, Clea Amado, Chong dos Santos, Mário Octávio, Francisco Simão, Angelino da Silva, Paulo Kanganjo, Danilo Neto, Serafina Sanches, Sany Cláudia, Carlos Alves, Valdano Lukizaia, entre outros profissionais.
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Bruno Dinis
Carrego a cultura kimbundu nas minhas veias. Angolanidade está presente a cada palavra proferida por mim. Sou apologista de que a conversa pode mudar o mundo pois a guerra surgiu também de uma. O conhecimento gera libertação e libertação gera paz mental, por tanto, não seja recluso da ignorância.