O “Grammy” africano está quase a acontecer e consigo traz uma mão cheia de novidades e destaques. O ícone guineense Manecas Costa recebeu a sua primeira nomeação e DJ Tarico eleva a fasquia sendo o artista lusófono mais nomeado, da edição de 2021. Os AFRIMA acontecem nos próximos dias 19, 20 e 21 de novembro, na capital da Nigéria, Lagos.
São no total 15 nomes de artistas dos PALOP que estão entre os nomeados e o moçambicano DJ Tarico é o cabeça de lista com cinco indicações. As categorias a que se candidata são Produtor do Ano, Canção do Ano, Melhor Colaboração do Ano, Melhor Artista Masculino da Africa Austral e Melhor Artista Duo ou Grupo em música eletrónica africana.
O artista coloca também a sua terra natal, Moçambique, no radar musical internacional com o remix do single “Yaba Buluku”, em parceria com a estrela nigeriana Burna Boy.
Em categorias regionais e continentais, disputando entre si estão as angolanas Anna Joyce, Edmázia Mayembe e Pérola na categoria de Melhor Artista Feminina da África Central. Os também angolanos C4 Pedro e Rui Orlando e os santomenses Calema concorrem para Melhor Artista Masculino.
Esta edição de 2021 dos AFRIMMA tem um sabor especial para o músico Manecas Costa, pois é a primeira vez que figura entre os nomeados. O guineense vai disputar o prémio de Canção do Ano, pela sua participação na música “Kua Buaru” dos Calema e que conta com as vozes de Pérola e Soraia Ramos.
Paulo Flores, veterano da música angolana, está nomeado na categoria de Melhor Artista, Kwanda Lima está indicado para Melhor Vídeo Africano com o clipe “Bela”, de Djodje, que por sua vez também surge indicado em Melhor Artista Africano de R&B/Soul. Nelson Freitas aparece na categoria de Melhor Performance Masculina na Diáspora e Melhor Artista do Oeste Africano.
O moçambicano Jimmy Dludlu aparece também nomeado na categoria de Melhor Artista de Afro-Jazz, concorrendo ao lado de Bokani Dyer da África do Sul, Olu da Nigéria, Franck Biyong dos Camarões, entre outros.
All Africa Music Awards – AFRIMA é uma das mais prestigiadas premiações de África. Com o intuito de relevar e premiar os artistas africanos que mais contribuíram para o cenário musical africano em base de streamings e popularidade cultural, o evento já vai na sua sétima edição. O lema de 2021 é “Para esperança, para celebração”, envolvendo o poder universal da música como um instrumento de união no continente africano.
Considerada como o “Grammy de África”, o festival registou um grande número de inscrições este ano, contabilizando mais de oito mil, com artistas de 50 países africanos das cinco regiões do continente. A cidade de Lagos, na Nigéria, acolhe o evento de 19 a 21 de novembro.