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Interferências, a exposição das culturas urbanas emergentes no maat

Interferências é uma exposição coletiva no edifício do maat, em Lisboa, que transforma o espaço do museu num lugar de encontro entre várias comunidades e dimensões da cidade. Com a curadoria de António Brito Guterres, Alexandre Farto, Carla Cardoso, a exposição conta com o trabalho de 48 artistas e está patente deste esta quarta-feira, 30, até ao dia 5 de setembro.

Em Interferências é reinterpretado o Painel do Mercado do Povo, uma intervenção mural coletiva promovida pelo Movimento Democrático dos Artistas Plásticos e realizada a 10 de junho de 1974. A pintura deste mural, com a participação de 48 artistas, acontecerá no dia 10 de junho, integrando as comemorações dos 50 anos do 25 de abril.

A diversidade cultural que caracteriza a cidade de Lisboa não suaviza as muitas histórias de uma metrópole segmentada e antagónica. Interferências é uma exposição que afirma diferentes expressões da cultura urbana, explorando itinerários narrativos da cidade através de um diálogo que privilegia o museu enquanto espaço crítico, lugar de encontro entre várias comunidades e sensibilidades – as instaladas que o frequentam e as subalternizadas que o desconhecem –, ponto de partida para novos começos. O maat – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia transforma-se, assim, em palco de utopias e lutas intemporais, de tensões emergentes, de histórias contadas e por contar.

Organizada em núcleos, a exposição aborda vários temas que estruturam o desenho da metrópole, gerando diálogos entre esse palco e os seus atores. “Contra a Mudez das Paredes”, “Coerção, Resistência e Identidades”, “Desenho de Cidade Comum, Nós por Nós e Cidade Rede”, “Direito ao Imaginário” e “Padrão” são os temas que guiam o visitante na exposição. São também estes que dão o mote a uma agenda de eventos que contribui para a narrativa de Interferências, parte dos quais se pretende que gerem contributos que integrarão a exposição, tornando-a um projeto dinâmico revelado ao longo dos seis meses em que estará patente ao público.

Procurando dar visibilidade a outras dimensões da cidade, Interferências coloca em diálogo obras de artistas contemporâneos que usam as ruas como contexto de expressão e experimentação e obras de coleções institucionais e privadas, dando relevo a narrativas alternativas que visam interpelar o público, convidando-o a refletir sobre que cidade, espaços urbanos e instituições artísticas e culturais podem ser construídas juntando novas vozes a esse processo. 

Os artistas que assinam as obras da exposição são ±MaisMenos±, Abdel Queta Tavares, Alfredo Cunha, Ana Aragão, Ana Hatherly, António Contador, António Cotrim, Blac Dwelle, Carlos Bunga, Ernesto de Sousa, Gonçalo Mabunda, Herlander, Isabel Brison, Julião Sarmento, Julinho KSD, Kiluanji Kia Henda, Luís Campos, Lukanu, Mantraste e moradores do PER11, Marta Pina, Marta Soares, Mónica de Miranda, Nuno Rodrigues de Sousa, Rodrigo Oliveira, Tony Cassanelli (Aurora Negra), Wasted Rita, Né Jah, Primero G, Rico Zua , Apollo G, G Fema, Tropas di Terrenu e The real gunz.

Há ainda a assinalar o nome dos artistas convidados: António Alves, Carlos Stock, Diogo “Gazella” AWK, Diogo VII , Fidel Évora , Filipa Bossuet, Herberto Smith, Obey SKTR, Petra Preta, OnunTrigueiros, Rappepa Bedju Tempu, ROD (Rodrigo Ribeiro Saturnino), Sepher AWK, Tristany, Unidigrazz e Xullaji.

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