No o seu 25º aniversário, Jax Beiby disponibilizou o EP 25, um projeto a com quatro faixas, todas elas na vibe hip-hop.
Como é característico de grande número de rappers da nova vaga do rap em Angola, Jax Beiby deu os primeiros passos no estilo musical Kuduro, emergente nos anos 2002/03. Contudo, por dificuldades na altura de encontrar estúdios de gravação, Jax Beiby não tem nenhum registo ou música gravada.
O gosto pelo rap surgiu cedo, influenciado pelos primos e pela popularidade fulminante que o estilo viveu naquela altura nos bairros e guetos de Luanda.
O seu meio envolvente é a sua fonte de inspiração e Jax descreve-se como sendo um buraco negro, que suga tudo à sua volta e que gosta de desafiar-se a ir além da sua imaginação. “Gosto de sair fora da caixa, da minha veia artística”.
O seu talento e versatilidade deram-lhe a possibilidade de se tornar num beatmaker, mas o seu forte é mesmo o dropping, com inclinações nas vertentes rap e r&b. Em 2014, Jax Beiby afiliou-se à label Mad House Recordz e já tem no seu repertório duas mixtapes colaborativas e uma a solo.
O EP 25 é o primeiro trabalho deste ano. O seu último lançamento o single “Básico”, em finais de 2018, disponível nas plataformas digitais, e cujo vídeo foi publicado no YouTube. 25 sucede à sua primeira mixtape O Visionário, que saiu em 2017.
O EP tem este nome exactamente por marcar o início de uma nova fase para mim, tanto como para o mundo artístico assim como a minha vida social.
Jax Beiby
O rapper explica-nos que: “antes éramos adolescentes e hoje crescemos, então os objetivos agora são outros. A forma de encarar a vida também muda. É preciso estabelecer novas metas e correr atrás. Como eu gosto de fazer a minha arte então nada melhor que marcar essa nova fase com música, daí o título 25, a idade que tenho agora e uma prenda para os amantes de boa música”.
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Jax Beiby acha que o rap feito em Angola está a viver a melhor fase da década face à primeira geração do rap. “Com o passar do tempo a tecnologia evoluiu e agora está mais acessível a todos. Tornou-se mais fácil ter equipamentos de produção musical e isso fez com que o número de rappers crescesse no movimento hip-hop, mas esse crescimento não agradou muita gente da Old School. Sentem-se ameaçados pela nova roupagem que o rap apresenta agora e que não é mais as cenas que na minha opinião eram limitadas, mas não quero dizer que não gosto do que se fazia, eu gosto e muito porque foram eles que me inspiraram a entrar no movimento e têm todo o meu respeito. A mudança é natural até porque o Hip-hop é dinâmico e não estático”, continuou.
Beiby define que, atualmente, o mais importante é continuar a criar, aumentar o seu repertório artístico com base na qualidade e levar as suas obras ao maior número de pessoas.
Ouve o EP 25 através do Soundcloud: