O renomado escritor angolano José Eduardo Agualusa inaugurou a exposição O Mais Belo Fim Do Mundo, nesta quarta-feira, dia 1 de dezembro, no Camões – Centro Cultural Português em Maputo. Esta é primeira amostra de fotografias do autor, e que tem integrada a literatura. A curadoria esteve a cargo da editora brasileira Lúcia Bertazzo.
O projeto é exibido em duas expressões artísticas: montras fotográficas que retratam o ambiente popular da Ilha de Moçambique, onde atualmente reside, e a audiovisual, com uma instalação cenográfica de figuras populares da literatura lusófona com quem cruzou-se ao longo dos anos, como Inês Pedrosa, Tatiana Salem Levy, Luís Cardoso, Ana Paula Tavares, Paulina Chiziane, entre outros. Essa mostra é acompanhada por textos escritos pelo seu amigo e escritor Mia Couto, que também assumiu a apresentação da exposição.
O concepção fotográfica do escritor parte da inspiração do amor pela esposa, Yara, e pela filha, Kianda. Durante a gravidez da mulher, Agualusa foi tendo alguma ideias fotográficas e de versos, que acabavam por ter também uma ligação simbólica pela ilha de Moçambique, que é o lugar a que chama de casa. Há ainda um terceiro amor que está na base desta mostra O Mais Belo Fim Do Mundo, que é aquele que o escritor, e agora fotógrafo, nutre pela língua portuguesa.
A exposição estará patente, com entrada livre, até o dia 12 de Fevereiro de 2022, excepto entre 18 de Dezembro e 15 de Janeiro, período em que o Centro se encontra encerrado para férias.
José Eduardo Agualusa, nasceu na cidade do Huambo, em Angola, a 13 de dezembro de 1960, estudou Agronomia e Silvicultura. Viveu em Lisboa, Luanda, Rio de Janeiro e Berlim. Atualmente vive e trabalha na Ilha de Moçambique. É romancista, contista, cronista e autor de literatura infantil. Os seus romances foram distinguidos com os mais prestigiados prémios nacionais e estrangeiros, como por exemplo o Grande Prémio de Literatura RTP (atribuído à Nação Crioula).
