Khira é dona de uma voz habituada a fazer malabarismos entre as sonoridades do Guetto Zouk, Morna, Afro Pop e Kizomba. É na mistura das suas próprias origens e influências que surge essa facilidade em cruzar a voz com estes géneros musicais afrodescendentes.
Nascida em Portugal, filha de pai cabo-verdiano e mãe são-tomense, além de cantora, Khira é também uma voz ativa na visibilização das questões de identidade, espiritualidade e afirmação feminina.
A construção da sua identidade artística foi acontecendo ao longo do tempo e enquanto foi desconstruindo e compreendendo a sua posição enquanto ser humano, mulher, africana e negra. Se em criança, Khira precisava alisar o cabelo para fazer parte do que então era tido como a norma e auto-aceitar-se, hoje, a sua mente e corpo estão em plena comunhão com a sua individualidade e origens.

No que toca à música, a artista deu os primeiros passos em 2014, sob a alçada do produtor Pedro Cardoso (DJ NK). Nesse ano, estreou-se com um álbum de originais, com seis temas, intitulado Apostos.
Atualmente, com vários singles lançados entretanto, Khira está apostada em fazer crescer a sua carreira musical, com o amor pelo o outro e as raizes africanas no centro da sua criatividade.
Estivemos com a artista para ouvir na primeira pessoa as suas experiências no universo musical e descobrir o que por aí vem num futuro próximo.
Mauro Aghuas
Pai de 3 | Linux entusiasta | Fã de Cazuza | amante da cultura Hip-Hop e apaixonado por festivais de Rock em Angola
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