King Cizzy, rapper moçambicano, lança nesta sexta-feira, 9 de abril, o seu segundo álbum de carreira que transmite a sua evolução como artista e pessoa. O trabalho resulta de uma epifania que o fez exclamar consigo mesmo: “fui escolhido para contar a minha história e conduzir as pessoas ao caminho da luz”.

Com o título Escolhido, Cizzy revela nesta obra musical a decisão de fazer música para africanos, especialmente da lusofonia. A visão de trajetória que se pretende transmitir com o álbum, é notória pelo próprio tempo de gravação. No forno desde finais de 2019, o artista revela que a obra é a representação do seu próprio trajeto de reafirmação de propósito de vida e conexão com as suas raízes africanas.

“É para isso que a minha música serve. Como um veículo para a autodescoberta”, disse Cizzy. Para o artista, este álbum é como um retrato dos desafios de um jovem criativo na pérola do Índico, as suas dúvidas e o “desapego das doutrinas ocidentais”.

Esta nova filosofia de vida do artista transmite-se na mistura do Afrobeat ao seu tradicional Hip Hop. King Cizzy reconhece que existem barreiras para aceitação de uma nova geração de rappers interessados em mostrar cada vez mais o africanismo mas afirma que estas precisam ser ultrapassadas e o seu álbum é um contributo para este fim.

Este é o segundo álbum do rapper em três anos e Cizzy olha para este feito como resultado de “uma busca insaciável por informação”, consistência e força de vontade.

E porque o trabalho, para Cizzy, não pára, o álbum é apenas o começo da nova fase na sua carreira. O rapper pretende abrilhantar-nos com mais música, videoclipes e eventos digitais, ainda este ano, pois segundo o próprio, “nada nos é prometido e nada nos será oferecido”.

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