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“Kumus” de Domingos Simões Pereira, um livro sobre poder

O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-verde (PAIGC) e ex-primeiro ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, estreia-se na literatura com o lançamento do seu primeiro romance Kumus – A Ponte Até Nós Mesmos, sob a chancela da Nimba Edições. O livro será apresentado no dia 15 deste mês, às 16h, no Hotel Radisson Blu, em Lisboa.

A obra, prefaciada pelo escritor, economista e membro do Conselho Diretivo do Observatório da Língua Portuguesa, Mário Máximo, é um romance de aventura que acontece nos anos 1950. As personagens principais nascem para a realidade de uma pátria “cheia de tradições, dividida por etnias, separada por habitantes do campo e habitantes da cidade e subjugada a um poder colonial. Um poder que era europeu e definido pela cor. Um poder de ascendência do homem branco sobre o homem negro”, lê-se na página do Facebook da Nimba Edições.

“Termina com dois discursos, perante uma assembleia de cidadãos. Discursos de homens que foram jovens e trilharam caminhos comuns, sentindo os mesmos sonhos. Jovens que, depois, pela força das coisas, isto é, pela força dos contextos e das incidências da vida, seguiram caminhos diversos, na procura de se realizarem pessoalmente e de desbravarem um destino. E tornaram-se homens. Homens que queriam desenvolver a vida pessoal, profissional e, sobretudo, desenvolver, modernizando, a terra que será sempre sua, porque dela provieram. São dois discursos de homens que detêm o poder de serem reconhecidos. E não o poder anacrónico da força sem conteúdo estratégico e afetivo (…)”, podemos ler no comunicado da editora enviado às redações.

Domingos Simões Pereira nasceu na cidade de Farim, Guiné-Bissau, em 20 de outubro de 1963. É doutorado em Ciências Políticas e Relações Internacionais pela Universidade Católica de Lisboa, graduado em Engenharia Civil e Industrial pela Universidade Nacional Politécnica de Odessa (1988) e mestrado em Ciências Técnicas da Engenharia Civil na especialidade de estruturas.

Começou a sua carreira como professor de matemática no então Centro de Formação Técnico Profissional e na Escola dos Técnicos de Saúde (Enfermagem). Em 1990 foi diretor-geral adjunto da Cooperativa Unidade e Progresso (CUP). Chegou a dirigir a Cáritas da Guiné-Bissau, na qualidade de secretário-geral.  

Exerceu a função de secretário executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) por quatro anos, de 2008 a 2012. Nos governos da Guiné-Bissau, desempenhou várias funções (diretor nacional da Viação e Transportes Terrestres e de Estradas e Pontes, ministro das Obras Públicas (2004 e 2005), conselheiro do primeiro-ministro da Guiné-Bissau para as Infraestruturas (2006 a 2014). De 2014 a 2015, foi primeiro-ministro do país.

Ingressou no primeiro ciclo de formação do PAIGC em 1990, tendo chegado à comissão permanente do Bureau Político do partido no 7.º Congresso Ordinário, em 2008. Assumiu pela primeira vez a liderança do PAIGC em fevereiro de 2014, no 8º Congresso Ordinário, contando agora com três mandatos, eleito no 8.º, 9.º e 10.º congressos ordinários do partido.

A 18 de setembro de 2012 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. Em 2017 foi nomeado oficialmente como membro correspondente da Academia Internacional da Cultura Portuguesa.

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