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Libra, que tem em si toda a música do mundo, desistiu da Farmácia Biomédica para correr atrás do seu sonho

Libra

No mundo das finanças, Libra é a unidade monetária que tem como base a prata e que atualmente é a moeda oficial no Reino Unido. Mas no mundo artístico, Libra é o nome da jovem cantora que descobriu a música em tenra idade através da avó materna.

Com raízes cabo-verdianas e angolanas, mas com o seu cordão umbilical em terra de Camões, Libra entrou no mundo da música a estudar Piano Clássico, no Conservatório de Música de Sintra, tendo largado essa trajetória por “influências tradicionalistas” e passou a cursar Farmácia Biomédica em Coimbra. Contudo, a música é como uma droga, em abstinência, o corpo e a mente acusam a dependência.

Por isso, todas as quartas-feiras, Libra subia ao palco do bar Muphy’s para um open mic. O Muphy’s foi a “casa que me levou acreditar em mim enquanto artista”, disse-nos a jovem cantora.

Libra acabou por se decidir a apostar no seu talento e regressou a Lisboa para se dedicar à sua carreira na música. Quando passou a receber ensinamentos musicais naquela que é a casa de Jazz mais antiga de Portugal, o Hot Clube, a cantora conheceu António Castro, um compositor e multi-instrumentalista que lhe deu a oportunidade de gravar a sua primeira demo.

Depois de algum tempo de busca e por mero acaso, Libra e António foram levados ao The LX Sound, estúdio que serve de base de trabalho do produtor Soundskillz, que sentiu “um turbilhão de boas sensações” ao ouvir a demo da cantora.

Sobre o seu estilo de música, Libra prefere não se deixar levar por rótulos, pois as suas obras são um misto de vivências na primeira pessoa e sonoridades. O mais difícil no mundo da indústria musical é “manter-me fiel à expressão nua e crua e mesmo assim conseguir vender”, diz-nos acrescentado que a as portas ainda estão muito fechadas. Muitas vezes, o recurso acaba por ser “assinar um contrato com o diabo, a ceder e viver consoante as regras da casa”.

As suas influências sonoras são muito variadas, com especial destaque para a Música Popular Brasileira, passando pela morna, kuduro, kizomba, rap, música pop e o rock.

“Na casa da minha avó materna, onde passava muito do meu temp, havia sempre música a tocar. Muita música brasileira, desde samba e Choro a Bossa Nova. Recordo-me muito bem de ouvir Chico Buarque, Maria Betânia, Roberto Carlos. A primeira música que cantei em condições foi precisamente com a minha avó. Devia ter uns cinco ou seis anos. Cantávamos a “Garota Solitária” da Ângela Maria. Muita música cabo-verdiana também se ouvia naquela casa. O meu avô gostava muito de mornas, por isso Cesária e Tito Paris também eram frequentes. Já em minha casa, o meu pai tinha sempre Rock a tocar. Em casa e no carro. A banda sonora das férias era sempre Rolling Stones, Sisters of Mercy, AC/DC, Scorpions, entre outros tantos que não me eram tão “chegados””, relembrou Libra.

“A minha banda preferida de sempre são os Rolling Stones graças ao meu pai”, acrescentou.

Na sua discografia recente encontramos “Neck Gold”, o título do primeiro single do EP Bless Me Honey, a ser lançado em breve.

Trata-se de um R&B alternativo com elementos de géneros tão diferentes como Trap, Hip-hop, R&B clássico, Jazz e Rock. A música “é um protesto a uma catástrofe emocional vivida numa relação real”.

Embora o português seja a língua principal na sua música, o inglês acaba por se sobrepor de forma espontânea.

Bless Me Honey vai ter seis faixas e é a “prece ao universo e a todos os males que por mim passaram, para que abençoem a minha caminhada, especialmente enquanto artista”.

O nome do EP nasceu por influência da sua primeira música gravada, que tem o mesmo título e que é o “fechar de um ciclo e o início de outro”.

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