Os millennials, a geração nascida entre o início da década de 1980 e meados da década de 1990, são o grande alvo comercial das marcas e há um sector que tem visto as suas vendas aumentarem graças a este grupo de consumidores. A indústria de bens de luxo tem visto um crescimento significativo, sendo responsáveis por cerca de um terço das vendas globais.
A Balenciaga é uma dessas marcas. “Os millennials representam 60% das nossas vendas. Juntamente com os homens, estão a crescer mais rápido do que qualquer outra (categoria)”, disse o CEO da Balenciaga, Cedric Charbit, numa conferência de artigos de luxo do Financial Times em Veneza, Itália.
Apesar de estar a uma longa distância da Gucci no que toca a lucro, que só em 2017 facturou 6,2 mil milhões de euros, a Balenciaga foi uma das marcas com crescimento mais rápido nos últimos dois trimestres, superando o aumento de 49% da marca italiana em vendas comparáveis no período de janeiro a março.
A marca, a médio prazo, garante que vai alcançar os mil milhões de euros em vendas anuais de moda, calçado e carteiras.
Sob o comando do designer da Geórgia Demna Gvasalia, contratado em 2015, a Balenciaga adotou a tendência dos logótipos e de looks streetwear como camisolas com capuzes, continuando a experimentar texturas e silhuetas em estilos futuristas ou glamorosos.
De acordo com Charbit, a Balenciaga está a crescer rapidamente, pontuado mais de 100% em alguns casos.
A Balenciaga está entre as muitas marcas que estão a encarar os consumidores masculinos como o novo ponto forte em direção ao crescimento financeiro, à medida que os gastos com produtos de luxo, especialmente entre os consumidores chineses, voltam a subir.
Jean-Marc Duplaix, diretor financeiro da Kering, grupo que a Balenciaga pertence, disse em abril que a Balenciaga estava a ampliar o seu negócios masculino, embora não tenha dado mais detalhes.
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