Dois homens e uma mulher de 79, 43 e 51 anos foram detidos pela Polícia Judiciária portuguesa, acusados de falsificar e vender dezenas de pinturas falsas atribuídas ao artista plástico moçambicano Malangatana.
De acordo com o divulgado pelo Notícias ao Minuto, a investigação terá começado em 2020, pela Polícia Judiciária de Lisboa e Vale do Tejo, que reuniu indícios de que as pessoas detidas atuavam de forma concertada, pelo menos desde 2016, e que recorriam a leiloeiras online para escoar as pinturas falsificadas a preços elevados.
As autoridades confirmam que foram confiscadas “35 obras falsas e diversa logística utilizada para a elaboração dessas mesmas pinturas falsas”, cita a mesma publicação.
Os três suspeitos já foram presentes a primeiro interrogatório judicial e ficaram sujeitos à obrigação de apresentações periódicas às autoridades policiais. A Polícia Judiciária vai ainda continuar as investigações para poder retirar de circulação as restantes pinturas vendidas como tendo autoria do famoso pintor moçambicano.
Nascido em Matalana, província de Maputo, Malangatana Valente Ngwenha morreu em 2011, em Matosinhos (Portugal). O artista, em vida, foi nomeado Artista da Paz pela UNESCO (1997) e foi nomeado Doutor Honoris Causa, em Portugal, pela Universidade Évora.