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Filha de Malcom X encontrada morta em Nova Iorque

Malikah Shabazz | DR
Malikah Shabazz | DR

Malikah Shabazz, filha do ativista dos direitos civis Malcolm X, foi encontrada morta esta terça-feira (23.11) na sua casa no Brooklyn, em Nova Iorque.

A família surgiu no noticiário nos últimos dias após dois homens condenados pelo assassinato de Malcom X terem sido inocentados após a revisão da investigação. Em fevereiro, as filhas de Malcolm X apelaram para reabrir a investigação do seu assassinato à luz de novos testemunhos que implicariam a polícia de Nova Iorque e o FBI.

A polícia local confirmou a morte de Malikah Shabazz, de 56 anos, que foi encontrada pela sua filha. Segundo a rede de televisão CNN, a polícia informou que a morte parece ter ocorrido devido à causas naturais.

Bernice King, filha de outro ativista pelos direitos civis na década de 1960, Martin Luther King Jr., ofereceu as suas condolências.

“Estou profundamente entristecida com a morte de Malikah Shabazz. O meu coração vai para a sua família, os descendentes da Dra. Betty Shabazz e de Malcolm X. A Dra. Shabazz estava grávida de Malikah e da sua irmã gémea, Malaak, quando o irmão Malcolm foi assassinado. Fica em paz, Malikah”, disse King no Twitter.

Na semana passada, a justiça de Nova Iorque informou que obteve provas favoráveis à defesa dos homens condenados pela morte de Malcom X – que é considerado um dos afro-americanos mais influentes da história juntamente com Martin Luther King Jr..

A verdade sobre o assassinato
Uma das filhas de Malcolm X, Ilyasah Shabazz, disse na ocasião que esperava que a decisão “há muito esperada” trouxesse alguma paz aos acusados Islam e Aziz e às suas famílias. Shabazz, entretanto, reafirmou que a sua família ainda quer saber a verdade completa por detrás do assassinato do seu pai.

“Não será feita plena justiça até que todas as partes envolvidas no assassinato orquestrado do nosso pai seja identificados e levadas à justiça”, disse ela.

No início deste ano, as filhas apresentaram uma carta escrita pelo antigo agente da polícia de Nova Iorque Raymond Wood, agora falecido, na qual acusava a polícia de Nova Iorque e o FBI de serem cúmplices no assassinato.

Segundo o seu primo, Wood, que era negro e trabalhava como agente infiltrado, alegou ter-se aproximado da comitiva de Malcolm X sob ordens dos seus superiores. Wood disse ter sido responsável pela detenção de dois dos guarda-costas do ativista.

Três homens foram condenados à prisão perpétua pelo crime – um morreu em 2009 e os outros dois estão em liberdade condicional. Wood, que só quis que o seu testemunho se tornasse público após a sua morte, sustentou que o Departamento de Polícia de Nova Iorque e o FBI mantiveram certos aspetos do caso em segredo.

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