Matamba Joaquim anunciou que faz parte do comité de pré-seleção do candidato português a Melhor Filme Internacional da próxima edição dos prémios Óscar. O comité integra membros da Academia Portuguesa de Cinema, como o ator luso-angolano, a atriz Dalila Carmo ou o realizador Marco Martins.
Matamba terá assim a difícil tarefa de eleger entre as longas-metragens A Metamorfose dos Pássaros, de Catarina Vasconcelos; Nunca Nada Aconteceu, de Gonçalo Galvão Teles, O Som que Desce na Terra, de Sérgio Graciano; Sombra, de Bruno Gascon; Terra Nova, de Artur Ribeiro e O Último Banho, de David Bonneville.
O período de votação começou nesta terça-feira, 12, entre os membros da Academia Portuguesa de Cinema e o resultado do candidato à categoria de Melhor Filme Internacional na 94ª edição dos Óscares será divulgado a 29 de outubro. A gala de premiação acontece no dia 27 de março de 2022, em Hollywood.
Matamba Joaquim é um dos actores de descendência africana que mais trabalhos tem feito na sétima arte em Portugal. Os primeiros passos da sua formação foram dados no Instituto de Formação Artística (INFA), em Luanda, que o levou aos palcos do Teatro Avenida.
Em Lisboa há mais de 14 anos, uniu-se a Daniel Martinho, Margarida Bento, Giovanni Lourenço, Zia Soares e Ana Rosa Medes para fundar o Teatro Griot, uma companhia constituída por afro-descendentes que explora possibilidades, expressões e implicações da diferença como herança histórica, social e política no discurso e na estética teatral. A explicação sem filtros é: dá visibilidade a talentos que, por diversas razões sociais, acabam por deambular na sombra dos papéis secundários e que vêem as suas participações terminarem demasiado cedo.