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Maya Angelou é agora uma barbie para inspirar mais meninas negras pelo mundo

Maya Angelou

A boneca Barbie é sobejamente conhecida mas, desta feita, é notícia por ter sido criada a ‘Barbie Maya Angelou’, que foi lançada nos Estados Unidos da América.

Ecos do movimento Black Lives Matter e a consciência de que a representatividade negra faz-se nos mais pequenos quadrantes, assim como nos maiores, neste caso, levada a cabo pela gigante Mattel (segunda maior fabricante de brinquedos do mundo).

A Mattel acrescenta assim ao seu portfólio, a figura de Maya Angelou, uma escritora e ativista mundialmente famosa, compondo a sua série “Mulheres inspiradoras”, ao lado de Rosa Parks (ativista negra norte-americana) e Florence Nightingale (reformista social inglesa).

Barack Obama deu a Maya Angelou a medalha presidencial da liberdade, sendo esta a maior homenagem civil dos EUA, assim como a medalha nacional de artes de Bill Clinton. 

A nova Barbie, cujo rosto é “esculpido à semelhança da Dra. Angelou”, usa um turbante na cabeça, jóias, um vestido com estampa floral (forte referência étnica) e apresenta uma silhueta “curvilínea”.

Para a Mattel, Angelou foi uma adição que fez todo o sentido porque a linha “Mulheres inspiradoras” tem como objetivo celebrar mulheres que assumiram riscos, mudaram regras e abriram caminho para que outras gerações de mulheres pudessem sonhar.

Aliás, é o próprio filho de May Angelou, Guy Johnson que recorda e reconhece estas mesmas características na, já falecida, mãe com quem tinha uma relação extremamente próxima: “A minha mãe foi uma pioneira e ativista com um espírito invencível pela justiça. Ela costumava dizer ‘escrevo a partir da perspectiva negra, mas viso o coração humano’. ‘Gostaria que esta boneca inspirasse novas gerações de professores, escritores e de ativistas’”.

Ao seu rol de qualidades e de méritos, podemos, inclusivamente, acrescentar que a escritora foi a primeira afro-americana e poetisa a falar numa tomada de posse presidencial dos EUA. 

De acordo com a empresa, neste compromisso de apresentar rostos negros, indígenas e mulheres de outras culturas que não a caucasiana dominante, mais de 50% das suas bonecas serão criadas com base em modelos globais.

A boneca Angelou será vendida por cerca de 30 euros, com limite de duas bonecas por pessoa. No entanto, já se encontra esgotada online.

Maya nasceu em 1928, nos EUA, viveu até aos 86 anos, tendo o privilégio de ver todo o seu trabalho ser reconhecido e premiado. 

De recordar que, este tributo é feito a uma mulher cuja infância foi silenciada pela violência física. Foi uma vizinha que a ajudou a recuperar do trauma, assim como a paixão pela literatura e ambos estes aspetos marcaram a vida e percurso de Maya Angelou (pseudónimo de Marguerite Ann Johnson, que adotou na década de 50).

A escritora norte-americana encontrou nos livros, de novo, a inocência, a capacidade de confiar e principalmente de amar ou de perdoar.

Maya teve uma vida pautada pela vertente artística, desde representação, música e dança mas, de facto, a corrente que melhor define a sua essência está na palavra escrita, na poesia e em toda a obra literária que depois se seguiu.

No seu trabalho enquanto ativista, desenvolveu uma amizade com Martin Luther King Jr e Malcolm X.

Nos anos 60, viajou pela África, onde trabalhou como jornalista e professora, tendo contribuído para vários movimentos de independência africanos. 

O primeiro livro a ver a luz do dia com a assinatura de Maya Angelou, recebeu o título de I Know Why the Caged Bird Sings. É umas das obras literárias com alcance mundial, que em si encerra uma espécie de biografia como um “manual” de emoções a ser consultado. O poema mais célebre chama-se Still I Rise e é recorrente a sua utilização nas referência online e não só.

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