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Mel Matsinhe e a arte na educação do espetro autista

Mel Matsinhe | DR
Mel Matsinhe | DR

No mês em que se assinala a consciencialização do Autismo, a artista e terapeuta musical moçambicana Mel Matsinhe aproveitou a oportunidade para chamar a atenção da sociedade em geral, e em particular dos pais e cuidadores de crianças, para desmistificar temas relacionados às necessidades educativas e de integração para quem convive com a condição.

Trabalhar com crianças é um desafio mas, por vezes, o maior obstáculo é ganhar a confiança dos pais para juntos trabalharem em prol do desenvolvimento dos mais pequenos. Um desafio que Mel Matsinhe transformou na sua missão, desmistificando e defendendo a ideia de integração e inclusão das crianças autistas em atividades curriculares e de lazer, permitindo o melhor desenvolvimento das mesmas.

A arte é uma arma poderosa e Mel levanta a voz para defender a sua inclusão no sistema nacional de educação.

“O ensino inclusivo e focado no desenvolvimento das habilidades das crianças com necessidades educativas especiais é muito importante. Quando as outras crianças aprenderem a olhar de forma normal para as crianças com necessidades especiais vão perceber quais são as suas responsabilidades ou que papel devem desempenhar na inclusão da outra criança”, defende Mel Matsinhe. E, acrescenta, “se o amigo estiver sozinho convida-lhe a festa, ele também precisa de brincar, precisa que alguém vá visitá-lo a casa. São diferentes aspectos de convivência comum numa sociedade em que todos somos diferentes. Alguns mais diferentes que a maioria, e que o trabalho com e através das artes, em específico da música, pode contribuir para o seu fortalecimento”.

Diretora da escola de arte Xiluva Arte, Mel tem estado a desenvolver um trabalho técnico com as crianças que, com o tempo, contribuem para o desenvolvimento cognitivo, melhorarias na capacidade de concentração, motora, de expressão e de comunicação. É um trabalho que só é possível com três agentes: crianças, terapeutas e arte. Contudo, o papel dos pais e educadores tem a mesma relevância.

A Xiluva Arte é também um espaço seguro, onde cuidadores de crianças que convivem com a condição autista podem expressar-se sem medo do julgamento, adquirir conhecimento e, sobretudo, apoio. A normalização das relações e a criação de laços é a moeda de troca da escola, para que as diferenças deixem de ser um peso e passem a ser uma benesse.

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