MISA é um duo recente e bastante promissor no panorama musical lisboeta. Composto por Miguel e Sara, dois artistas independentes de raízes angolanas e portuguesas, cujo grande propósito é criar e servir a arte, com autenticidade e pureza.
“Música pela arte e não primeiramente pelo business”, declaram. A dupla tem fundido os seus mundos e criado um universo próprio. Nesse processo de construção da identidade artística afirmam não ter um estilo musical definido pois tudo pode acontecer nesse universo.
Miguel ou Mike Rasdom é o produtor, criador sonoro, que bebe das influências que tem do Reggae, Hip Hop, Jazz e Caribbean Music. Já Sara Juliana, vem de uma onda indie, Soul, Jazz e RnB, tem o dom da voz e escreve as letras.
O EP de estreia, Quiet Storm (Tempestade Calma), anunciado em 2020 e que será lançado brevemente, já conta com dois singles – “Piece of Mind” e “Flow Away” – e um “introlude”, três vídeos disponíveis, que introduzem claramente uma linha de expressão MISA: visuais que dão corpo às letras e às sonoridades.
Piece of Mind (Paz de espírito) é uma tela que nos demonstra bem “as cores” MISA e Flow Away (Fluir para longe) é o mais recente single. Uma música que retrata uma jornada de introspecção, de auto-descoberta, com maior foco no percurso do que na chegada. Representado ainda por um congelamento ou estagnação, que pelo caminho vai descongelando, ganhando espaço, desabrochando como as flores, procurando uma luz.
A conceptualização, direção e realização é dos próprios e algumas peças do vestuário foram feitas à mão por Sara (Sáju project). Este é também um vídeo que nos presenteia com uma bela memória da era do sucessor do Walkman: o Discman, produto lançado nos anos 80, um ícone para muitos amantes de música.
Ao apreciar o trabalho dos MISA, percebemos que há um deleite musical e visual, cada vídeo é uma experiência, um estímulo para fluir em cada detalhe da vibe MISA. Os dois artistas combinam perfeitamente a música com as suas áreas profissionais, fotografia e vídeo.
Estrearam-se juntos em 2019 no palco principal do Festival Iminente, em Lisboa, curiosamente ainda sem nome, mas ali puderam experimentar diante de um público a conexão criativa que têm tido desde 2017. Uma orgânica cumplicidade que pretendem partilhar em outros palcos.
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Janeth Tavares
Noiva da Palavra, sou da moda antiga, escrevo-Lhe cartas de amor com a luz:
fotografo, para dar valor e fazer valer cada frame da vida. De Medicina Tradicional Chinesa fui para Jornalismo, tudo a ver,
a ver com a mesma que me assiste ou não fosse uma criola. Faço muitas coisas, mas isso pouco interessa
se não para me indagar no meu propósito: servir, ser útil. Pois numa visão filantrópica e de consciência do valor da Alma,
acredito que valemos mais pelo que somos do que pelo que fazemos.
E sim falo de nós. Amo nós de nós.