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#MostraoTeuNegócio: “Tinha de pôr comida na mesa”, Fénix

Fénix

Fénix é o tipo de mulher que apelidamos “dura na queda”. Apesar das provações da vida, em analogia à história do pássaro da mitologia grega, Margareth Nascimento – o seu nome de batismo -, levanta-se a cada tombo, reinventada e com fôlego suficiente para enfrentar uma nova maratona de vicissitudes.

Neste março que dedicamos à luta política, social e cultural pela igualdade de género, Fénix foi a convidada do terceiro episódio do podcast #MostraoTeuNegócio, onde explica por que decidiu criar a sua marca de roupa e os desafios que tem enfrentado nessa jornada, a nível profissional e pessoal.

Com cinco anos de estrada, a Fénix Blogue apresenta um estilo arrojado com base em panos africanos e cortes trendy. A brand é destinada a todas as mulheres mas, sobretudo, àquelas que não se escondem atrás das suas inseguranças e que, através da roupa, declaram um statement de audácia, independência e empoderamento.

A marca surgiu pela necessidade de colocar comida na mesa. Literalmente. Em 2013, com dois filhos pequenos, a empreendedora decidiu juntar o gosto pela costura à necessidade de sustentar a família. Mesmo sem um curso na área, “não podia esperar. Tinha de pôr comida na mesa”, explicou-nos.

Com as primeiras peças vendidas no Facebook por 25 euros, Fénix teve um vislumbre daquela que seria uma oportunidade de negócio rentável. “Vi-me num mercado que tem muita saída cá em Portugal. Peguei na veia empresarial dos meus pais, que era só para se safar, e profissionalizei. Abrir uma loja estava fora das possibilidades na altura, então investi num site de vendas e consegui facturar muito bem. Fui uma das primeiras fashion designers angolanas a ter um site como deve de ser”, disse.

A alma do seu negócio são as redes sociais, onde Fénix não tem medo de se expor, tal como é. Vê-mo-la super produzida a apresentar as suas peças novas; a fazer promoções do seu “brechó” como se estivesse na venda dos “fardos” (roupas de segunda-mão em Angola); de pijama a costurar noite adentro; a explicar por que não consegue entregar as encomendas a horas, as dificuldades de ter duas crianças em casa enquanto tem de “fazer andar” o seu negócio ou a revelar a forma como é atacada pelos haters que vai ganhando. A empreendedora acredita que essa sua naturalidade é o factor de sucesso da marca. “Hoje em dia, o marketing exige que a marca tenha uma parte humana. E a Fénix, além de fashion designer, é influencer digital. E a partir do momento em que entendi e aceitei que aquilo que falo tem peso, senti a necessidade de parar e falar por algo que não seja roupa, que não sejam vendas. E talvez por isso é que a Fénix tem um impacto muito grande. As mulheres, ao verem uma coleção lançada sabem qual foi o processo pelo qual passei.”

Entretanto, no pico de uma pandemia, com dois filhos, de nove e dez anos, e um novo bebé a caminho, Fénix conseguiu abrir o seu primeiro atelier, onde conta com o apoio de mais três costureiras, num registo freelancer.

Para descobrir como está a desenrolar-se esta nova aventura de Fénix, faz play nas habituais plataformas de streaming de podcasts, como o Spotify, SoundCloud ou Apple Podcast.

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