Mudança, filme da deputada Joacine Katar Moreira e do ator e realizador Welket Bungué, acaba de ser selecionado na 71ª edição do Berninale, o Festival Internacional de Cinema de Berlim. A curta será apresentada na secção Forum Expanded, na semana de 1 a 5 de março e 9 a 20 de junho.
O anúncio foi feito a partir da página oficial do Instagram do ator e realizador Welket Bungué, onde manifestou a sua satisfação e gratificação a todos os que estiveram envolvidos na curta.
“Mudança foi possível com a reunião de pessoas muito especiais, e por isso devo um agradecimento especial a cada uma delas. Ainda estou a pensar o que significa estarmos selecionados para esta edição da Berlinale, o quanto isso prestigia o nosso trabalho. Vejo a Berlinale enquanto espaço de divulgação de filmes, mas também de discussão de temas prementes como a liberdade humana e artística na contemporaneidade.”, escreveu Welket.
A curta foi apresentada online no dia 28 de setembro de 2020, e trata-se de um filme que traz consigo uma proposta visual digital com recurso às pinturas do artista plástico Nú Barreto e uma plasticidade textual.
O filme, além de proporcionar o encontro entre duas figuras de mundos diferentes, questiona também qual é a essência dos ofícios de Welket Bungué e Joacine Katar Moreira, fazendo “ressoar um inesperado paradigma de revolução iminente”.
Não é a primeira vez que Welket tem o seu nome no Berlinale. O ator e realizador já viu três filmes em que participou como ator a serem selecionados no festival internacional de cinema: Cartas de Guerra, de 2016, “Joaquim” em 2017, Berlin Alexanderplatz, em 2020, e agora Mudança, em que participou também como realizador.
“Há coisas inexplicáveis, mas a sensação é muito boa”, disse Welket sobre a apresentação.
O Berlinale é um festival internacional de cinema que acontece anualmente na capital alemã. O evento do Urso de Ouro já vai na sua 71ª edição e já viu desfilar os maiores e aclamados sucessos do mundo do cinema como Todos os Mortos, um dos 19 filmes estreados no ano passado.
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Bruno Dinis
Carrego a cultura kimbundu nas minhas veias. Angolanidade está presente a cada palavra proferida por mim. Sou apologista de que a conversa pode mudar o mundo pois a guerra surgiu também de uma. O conhecimento gera libertação e libertação gera paz mental, por tanto, não seja recluso da ignorância.