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Nagrelha, um dos mais reconhecidos kuduristas, dentro e fora de Angola, morreu, esta sexta-feira, 18 de novembro, aos 36 anos, de acordo com as notícias a circular nos meios de comunicação angolanos.
Segundo um comunicado do Complexo Hospitalar de Doenças Cardio-Pulmonares Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, em Luanda, o artista faleceu às 12h50 desta sexta-feira, vítima de doença prolongada.
Em julho, várias notícias davam conta do falecimento do Estado Maior do Kuduro, como era apelidado, depois de ter sido internado com uma doença do foro respiratório. Contudo, o próprio desmentiu os boatos, através das redes sociais. Na mesma altura, Nagrelha foi inclusive evacuado de urgência para Portugal, onde se encontraria em tratamento até ao ínicio de Novembro .
Em Angola, nesta sexta-feira, os hits com a voz de Nagrelha têm tomado de assalto as rádios kaluandas (Luanda), desde que a notícia da morte do artista começou a circular nos meios de comunicação e redes sociais.
Gelson Caio Mendes, nome de registo, nasceu a 30 de outubro de 1986, no município do Sambizanga (Luanda). Filho de pai santomense e de mãe angolana, cresceu em casa da avó materna e foi criado pela mãe e pelos tios, escreveu o Novo Jornal.
O artista ganhou fama através do grupo Os Lambas (fundando em 2003), juntamente com Bruno king, Puto Amizade e Andeloy.
Amizade faleceu em finais de 2004 e Andeloy saiu dos “Demónios do Sambizanga”, como eram popularmente chamados, em 2010.
Com uma voz e estilo inconfundível, Nagrelha imortalizou músicas como “Rebenta”, “Comboio II”, “Dança do Quatro”, “Provou e Gostou”.
Casado desde 2012 com Weza Mendes, ex-dançarina do conjunto as “Foguentas”, Nana, como também era carinhosamente chamado pelos seus fãs, foi o vencedor do primeira edição do reality show angolano “Luta Pela Fama”, transmitido em 2021. O artista recebeu como prémio do concurso uma residência T3, em Luanda.
Em 2017, Nagrelha lançou o seu primeiro álbum a solo intitulado Arquitecto da Paz, em homenagem ao Presidente da República José Eduardo dos Santos.
